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Ricardo Boris: “Estamos perto de República narcoteocrática miliciana”

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As evidências das relações próximas da família Bolsonaro com as igrejas neopentecostais e os grupos de milicianos são evidentes e remetem a tempos passados. O apoio irrestrito de bispos, fiéis e agentes de segurança pública envolvidos com negócios escusos foi um dos fatores que levaram o ex-capitão do Exército a obter sucesso eleitoral na campanha presidencial do ano passado.

 

No entanto, após assumir o posto no Palácio do Planalto, passaram a pairar sombras em relação ao envolvimento de Jair Bolsonaro com casos rumorosos, como a execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, no ano passado.

 

Apesar de fazer questão de ressaltar que não há evidências da relação do presidente com o crime, o dirigente estadual do PSOL Ricardo Boris alertou para uma trajetória perigosa a qual o país tem rumado.

 

“Estamos nos encaminhando, e acho que estamos perto, de um momento de uma virada para uma República narcoteocrática miliciana. Isso é um risco gigantesco. Estamos em um momento que as forças que se autoproclamam republicanas têm de entender que a luta contra o fascismo e contra os grupos paramilitares, ou seja, as milícias, tem de ser em uma aliança da sociedade para derrotarmos agora e depois lá na frente a gente briga de novo, e o Bolsonaro está ligado a isso”, alertou.

 

O anúncio do presidente de sua desfiliação do PSL para a fundação do partido Aliança pelo Brasil, com raízes ligadas ao armamentismo, é vista como positiva pelo dirigente partidário, ressaltando o caráter fascista daqueles que apoiarem a nova legenda.

 

“Considero muito importante a criação desse partido do Bolsonaro porque ele deixa as coisas claras. Aquele falso liberal ou falso moderado que se estimula nessa aliança com o governo pela questão econômica e administrativa, com a criação da Aliança pelo Brasil, esse partido forjado a bala, número 38, o campo fica muito claro. Quem estiver com ele, está do lado do fascismo. Temos de chamar à responsabilidade aqueles que se dizem liberais a estar contra ou a favor do fascismo”, ponderou.

 

A possibilidade de um entendimento eleitoral entre o PT e o PSOL para a formação de coligações em algumas cidades visando às eleições municipais do ano que vem tem o apoio de Boris. Contudo, o representante psolista prefere que haja um acordo amplo entre aqueles que defendem a luta pela ordem democrática.

 

“O que tem de estar pela frente é uma aliança não eleitoral da sociedade contra o fascismo. Nesse ínterim, se vier uma possibilidade de aliança com o PT ou com outros partidos de esquerda, desde que a gente não seja obrigado a pagar uma fatura muito alta na velha política, sou favorável, mas isso é uma coisa que vai depender de uma negociação que foge um pouco do meu espectro”, encerrou.

 

Ouça a entrevista de Ricardo Boris:

 

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