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Andes descarta manifestação dia 18 e quer nota unificada dos sindicatos

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O dia nacional de luta convocado para o próximo dia 18 pelos profissionais da educação, que conta com apoio de diversos setores da sociedade civil, não vai acontecer da forma como esperado. As manifestações foram canceladas pelas entidades sindicais temendo a propagação do coronavírus.

 

A única atividade de rua que deve acontecer na ocasião é a distribuição de panfletos em locais de grande circulação. No Rio de Janeiro, a estação de trens da Central do Brasil contará com a presença de militantes conscientizando a população sobre a necessidade de combate às medidas do governo de Jair Bolsonaro.

 

Além disso, está mantida a indicação de greve geral pelas categorias. A diretora do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) Eblin Farage demonstrou tristeza pela impossibilidade dos atos convocados há mais de um mês e ressaltou a responsabilidade em um momento de crise na saúde pública. Contudo, a dirigente condenou a falta de uma ação unificada das entidades.

 

“A avaliação do sindicato nacional é também que não há como manter grandes manifestações de rua por conta do perigo real que é hoje o coronavírus. O que a gente lamentou muito, e estamos lamentando desde o final da semana passada, é que as centrais tinham uma reunião hoje pela manhã que iria reavaliar isso, se manteria os atos e como faria, e a gente perde, mais uma vez, a oportunidade de lançar uma nota conjunta de todas as centrais”, disse.

 

“Na nossa avaliação tem de continuar sendo um dia de luta e de greve. No ensino superior vamos manter o dia 18 como um dia nacional de greve sem ir para atos, para grandes aglomerações de pessoas, mas fazendo panfletagem, por exemplo, nos terminais rodoviários. Os trabalhadores continuam indo trabalhar, a vida continua, inclusive sem a prevenção que deveria ter, então esse tem de ser um momento de diálogo para a população e tentar mostrar que, no Brasil, não temos outra saída para combater o coronavírus que não seja ter mais investimentos públicos em saúde”, continuou.

 

De acordo com Eblin, algumas representações lançaram comunicados na última sexta-feira (13) cancelando as atividades do dia 18, como a União Nacional dos Estudantes (UNE). Na sua opinião, a emissão de um documento conjunto ampliaria o alcance da mensagem e fortaleceria os próximos atos. Outro fator ressaltado pela dirigente é que os parlamentares se mantêm em Brasília para aprovar as reformas do governo.

 

“Quando essa pandemia passar, vamos ter de acumular forças novamente para retomar as atividades de rua. Estamos em um movimento de evitar que as pessoas circulem para tentar evitar a transmissão muito rápida do vírus, mas o Congresso Nacional continua aberto, funcionando, e os deputados e senadores continuam tentando votar retirando o direito da classe trabalhadora”, lembrou.

 

A maioria das instituições de ensino superior paralisaram suas atividades por conta da Covid-19. No entanto, os profissionais de setores administrativos foram obrigados a manter suas atividades, o que foi criticado pela diretora do Andes.

 

“Por que os técnicos administrativos têm de continuar trabalhando? Isso é um absurdo. Adiou as aulas por conta de uma pandemia, os funcionários têm de ser liberados dos seus postos porque eles continuam usando transporte público, se submetendo à possibilidade de contaminação, contaminando as pessoas que estão em casa, os idosos. Existem locais em que é possível, sem um grande prejuízo para a sociedade, suspender as atividades”, relatou.

 

Ouça a entrevista de Eblin Farage:

 

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