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ADUFF condena tentativa de homicídio em greve geral na 6ª

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A greve geral da última sexta-feira (14) produziu cenas representativas para a classe trabalhadora do país, com mobilizações vultosas em algumas cidades. No entanto, um episódio marcou negativamente o dia de lutas. Um motorista avançou contra manifestantes em Niterói e atropelou cinco pessoas.

 

A diretora da Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (ADUFF), que promovia o protesto, Adriana Penna lamentou o aumento dos casos de violência e intolerância após a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República.

 

“Estamos vivendo um clima de hostilidade, de ódio, o crescimento de um sentimento de raiva a toda e qualquer atividade da classe trabalhadora. É injustificável o que aconteceu na sexta-feira em Niterói, ele acelerou para matar. A impressão que dá é que há uma certa legitimação para que isso aconteça, uma autorização para que a violência ocorra”, lamentou.

 

Professores e alunos estavam concentrados em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro quando um homem, irritado e gritando ofensas, parou seu carro em frente aos manifestantes e partiu em disparada contra as pessoas. O agressor se apresentou à polícia para prestar depoimento. Curiosamente ele é fisioterapeuta em um hospital particular para onde uma das vítimas foi encaminhada.

 

O caso foi registrado como tentativa de homicídio, mas ainda não há a confirmação de que o homem irá responder a inquérito por este crime. Dentre os feridos, estão as professoras Marinalva Oliveira, ex-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), e Kate Lane Costa de Paiva.

 

Apesar do socorro imediato pelos integrantes do ato, os feridos não puderam ser atendidos no hospital em frente ao local do protesto, já que o Antônio Pedro não conta com emergência.

 

A dirigente da ADUFF ressaltou que existe um desencontro entre aqueles que levaram o ex-capitão do Exército ao poder, mas trata-se da tentativa de se implementar um projeto entreguista. Desta forma, ela avaliou a paralisação da última sexta-feira como favorável no processo de desconstrução do governo, ainda que tenha lamentado a ausência de determinadas categorias no movimento.

 

“Em nível nacional tivemos uma greve forte, hoje mesmo saiu um comunicado das centrais sindicais que falam que 45 milhões de trabalhadores pararam no dia 14, mas me parece que nós precisamos fazer com que companheiros em um número muito maior de categorias pare no dia da greve geral, deveria ser muito mais forte”, encerrou Adriana.

 

Ouça a entrevista de Adriana Penna:

 

 

Entrevista em 18.06.2019

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