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Advogados pela Democracia pedem prisão cautelar de Moro e Dallagnol

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As revelações das conversas suspeitas entre o ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da operação Lava Jato, em Curitiba, começam a provocar iniciativas da sociedade civil na tentativa de se esclarecer o caso. O coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia entrou, no último sábado (15), com pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) de prisão cautelar dos envolvidos.

 

A informação foi confirmada pela advogada Tânia Mandarino, membro do grupo. Ela destacou que a ação foi provocada pela ausência de deliberação da Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão do Ministério Público Federal junto às instâncias superiores da Justiça.

 

“A iniciativa foi tomada depois da longa discussão a respeito de uma inércia do Ministério Público. Resolvemos oferecer essa notícia crime no foro competente, que é o STJ, pedindo algumas medidas cautelares em relação a eles, justamente para se evitar que no uso da atribuição pública, no cargo de ministro da Justiça, ele possa destruir provas, intimidar testemunhas ou até fazer novamente, como foi usado nesse último lote de artigos secretos que vazou, uma manipulação da mídia usando o poder que tem para espalhar as notícias que quiserem a respeito do fato”, relatou

 

Os defensores exigem também a abertura de inquérito na PGR em caráter de urgência para apuração dos fatos. A notícia-crime oferecida pede as prisões do ex-juiz Sérgio Moro e dos procuradores federais Deltan Martinazzo Dallagnol, Laura Gonçalves Tessler, Carlos Fernando dos Santos Lima e Maurício Gotardo Gerum.

 

A negativa dos procuradores em entregarem seus telefones celulares para a Polícia Federal periciar reforça a tese do coletivo de que há uma tentativa orquestrada de obstaculizar a investigação inicial do caso.

 

“O fato de estarem se negando a entregar seus aparelhos telefônicos é colocado como fundamento dessa notícia crime, mas nós desconhecemos que isso seja uma iniciativa da PGR. O pedido de apreensão dos celulares, dos tabletes, dos equipamentos eletrônicos é uma das medidas cautelares”, declarou Tânia.

 

Outra iniciativa requisitada na notícia-crime dos Advogados pela Democracia foi a apreensão do passaporte de Sérgio Moro e dos procuradores da força-tarefa. O ministro da Justiça embarca na próxima semana para os Estados Unidos, provocando consequente risco de fuga.

 

“Essa evasão do país, essa ausência nos soa bastante estranho dentro da situação em que se encontra, com todas essas acusações sobre ele, com arquivos com conversas criminosas, de ter influenciado todo processo eleitoral do país”, resumiu a advogada.

 

O relator da ação apresentada pelo coletivo no STJ é o ministro Herman Benjamin e não há prazo para que um parecer seja oferecido.

 

Ouça a entrevista de Tânia Mandarino:

 

 

Entrevista em 18.06.2019

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