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AFBNDES realiza ato em defesa de autonomia administrativa do banco

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As seguidas críticas de Jair Bolsonaro contra o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Joaquim Levy, por nomeações de diretores que teriam relação com gestões petistas, culminaram com o pedido de demissão do ex-ministro da Fazenda de Dilma Roussef no último domingo (16).

 

Em protesto contra a perseguição política patrocinada pelo ex-capitão do Exército e contra as medidas de ingerência do Palácio do Planalto, a Associação de Funcionários do BNDES promove um ato na próxima quarta-feira (19), no auditório da sede do banco, no Centro do Rio de Janeiro.

 

Já confirmaram presença no movimento vários ex-presidentes da instituição de fomento ao desenvolvimento de diferentes matizes ideológica, como Dyogo de Oliveira, Paulo Rabello de Castro e Luiz Carlos Mendonça de Barros, além de parlamentares e profissionais do próprio BNDES.

 

“O ato foi convocado antes dessa crise toda, mas é lógico que achamos que agora ganhou uma maior relevância porque o que o Bolsonaro fez foi uma desmoralização da instituição. Ele demitiu o Levy como se estivesse demitindo alguém do quinto escalão do governo. Nem alguém do quinto escalão mereceria essa humilhação pública que submeteu ao Joaquim Levy”, avaliou Arthur Koblitz, vice-presidente da AFBNDES.

 

Bolsonaro chegou a admitir para a imprensa que Levy estaria com a “cabeça a prêmio”, já que havia a pressão do governo para que ele exonerasse o diretor de Mercado de Capitais do BNDES Marcos Barbosa Pinto. Ambos deixaram seus cargos voluntariamente.

 

Desde o início do ano, o político de PSL e sua equipe econômica denunciam uma suposta ‘caixa-preta’ na gestão dos recursos do banco de fomento, que realizaria empréstimos a países ‘falidos’ e ditos socialistas, como Cuba, Venezuela e Moçambique.

 

“Uma pessoa séria não pode falar isso. Houve lá atrás uma demanda para maior abertura do banco, para aumentar seu grau de transparência em função da legislação. Isso está pacificado, o banco fez um esforço enorme de abertura, sabemos hoje que esse grau de transparência não tem paralelo com nenhuma outra instituição no mundo, não há mais nenhum crítico que endosse essa coisa da caixa preta. É uma fantasia”, relatou Koblitz.

 

Outro tema abordado pelo ato será a proposta de se acabar com o repasse do PIS-Pasep para o BNDES, medida que consta do relatório final da Comissão Especial da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

 

De acordo com o texto inicial, haveria uma redução desta transferência de recursos da Previdência, que hoje está na casa dos 40%, para 28%. O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) resolveu zerar este envio. O dirigente da associação criticou a orientação ideológica do governo.

 

“Uma boa parte da equipe econômica não entende porque são fundamentalistas de mercado. Se quiser insistir que tem uma parte que tem interesses outros de apoiar o sistema financeiro, não vou discutir, mas o que tem de pessoas sinceras são fundamentalistas extremistas e sem contato com a realidade”, declarou.

 

Ouça a entrevista de Arthur Koblitz:

 

 

Entrevista em 17.06.2019

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