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“Ainda há muita estagnação”, avalia Mineiro sobre alta do PIB no Brasil

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O anúncio dos números da economia que demonstraram uma alta de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, apesar de ter provocado entusiasmo à cúpula do Palácio do Planalto, não animou muito os especialistas no assunto.

 

Um dos que observam o cenário com desconfiança é o economista Adhemar Mineiro, ao destacar que a análise dos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (03) deve ser feita de maneira isolada, já que houve encolhimento em algumas áreas.

 

“Não estou otimista. Quando você vê os números desagregados, ainda observa muita estagnação. No caso da indústria, houve crescimento na construção civil, especialmente para fins de captação, e na indústria extrativa, que teve uma recuperação do setor de petróleo. Os outros setores, na verdade, recuaram. A chamada indústria da transformação recuou e, na área de consumo, houve uma pequena melhoria do consumo das famílias, mas temos de lembrar que algumas medidas foram tomadas nesse sentido, como a liberação de FGTS, que estão repercutindo agora, mas isso tende a ser uma coisa pontual, não vai se repetir”, avisou.

 

O movimento de comemoração da equipe econômica do governo, aliás, repetiu a estratégia de Michel Temer, em 2018. As expectativas que foram criadas na ocasião, no entanto, não se confirmaram na nova gestão.

 

“Essa bateção de bumbo foi mais ou menos feita no final de ano, projetando um crescimento acima de 2% no ano seguinte, e voltamos a ter alguma coisa em torno de 1%, que foi o que tivemos no ano passado, no retrasado e talvez seja o que vai se verificar no ano que vem também”, vaticinou Mineiro.

 

O economista ressaltou que a implementação de políticas que têm como objetivo conter o avanço da inflação adotadas desde 2015, com Joaquim Levy, levaram ao estado atual das contas no país.

 

“Essa estagnação agora e a recessão antes não são um acidente, são resultado da política contracionista. Você vinha crescendo e freia bruscamente, começa a colocar ênfase na questão do ajuste fiscal e isso, evidentemente, primeiro faz a economia descarrilar e, na sequência, provê essa estagnação. Não é um resultado inesperado, acidental da política econômica. Agora é que a gente começa a ver os efeitos mais negativos, por exemplo, do quadro externo, com a queda das exportações”, comentou.

 

Ouça a entrevista de Adhemar Mineiro na íntegra:

 

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