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Ambientalista: “Mudança de horário de barcas é violação de direitos”

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O drama dos moradores de Paquetá se amplia a cada dia que passa, com a aproximação do início da nova grade de horários das barcas que ligam a ilha à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em vigor a partir de sexta-feira (25). A mudança reduz drasticamente o número de embarcações, aumentando o intervalo entre elas, e dificulta a vida da população, visto que não há outro meio de transporte para o continente.

 

Nesta terça-feira (21), um grupo de residentes de Paquetá protestou em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Membros do Executivo estadual receberam representantes dos moradores na tentativa de um acordo em relação a mudança.

 

A CCR Barcas, concessionária que explora o serviço, diz que os novos horários, definidos em acordo com o governo, visam “melhorar a eficiência da operação”. Não é o que alega o ambientalista Sérgio Ricardo, que atua junto aos moradores de Paquetá.

 

“A empresa alega prejuízo e que não tem viabilidade econômica, o que é uma coisa complicada porque no mundo todo, as populações que moram nas ilhas têm tratamento especial. Imagina a situação de Paquetá, um bairro com mais de 5 mil habitantes que não tem outro meio de transporte. As crianças têm de estudar no continente, lá não tem maternidade. Em caso de emergência, pessoas que se acidentam têm que sair de lá por barca”, alegou.

 

Na elaboração do edital para concessão do serviço aquaviário, o Baía Viva, projeto idealizado pelo ecologista, participou de oito audiências públicas defendendo a construção de barcas menores, para atender a população de Paquetá.

 

Além de resolver o impasse relacionado ao transporte na região, a medida reativaria os estaleiros do Rio de Janeiro, fechados desde 2015, com a demissão de 50 mil profissionais da indústria naval. Apesar da tentativa, a ideia foi barrada pelo TCE, de acordo com Sérgio Ricardo.

 

“Em um certo momento, a Secretaria de Transporte recuou, alterou o edital dizendo que o que seria licitado eram as linhas já existentes, que seriam Praça XV, Ilha do Governador, Paquetá e Ilha Grande, e aí se deu um impasse porque desde 1984, no primeiro governo Brizola, existe um plano hidroviário da Baía de Guanabara que já previa barcas para São Gonçalo e para Magé. Para o Cocotá, na Ilha do Governador, foi o único que saiu. O estado resolveu congelar o sistema”, explicou.

 

“A partir daí, houve várias audiências conflituosos na Assembleia Legislativa e isso acabou indo para o Tribunal de Contas do Estado, que suspendeu a licitação. A CCR Barcas está fazendo um novo pacote de maldades, reduzindo a grade de horários de Paquetá, o que, aliás, já fez em 2016 com a Ilha do Governador. É uma violação completa do direito à mobilidade urbana, colocando em risco a vida das pessoas”, concluiu o ambientalista.

 

Ouça a entrevista de Sérgio Ricardo:

 

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