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ASSIBGE quer orçamento integral no Censo após adiamento para 2021

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A decisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em adiar a realização do Censo Demográfico para 2021 por conta da proliferação do novo coronavírus teve o apoio do Sindicato Nacional do órgão (ASSIBGE).

 

O adiamento se deu em um compromisso entre o instituto e o Ministério da Saúde. Os recursos que seriam investidos na realização das pesquisas serão direcionados ao combate da pandemia. Houve a promessa do Governo Federal de devolução, no ano que vem, dos R$ 2,3 bilhões destinados ao Censo.

 

A diretora da ASSIBGE Manuela Alvarenga espera, contudo, que a administração de Jair Bolsonaro entregue ao órgão o valor acordado incialmente, sem os cortes previstos que comprometem os resultados do diagnóstico.

 

“Essa decisão de adiamento do Censo foi um acordo de realocação de verbas, e o sindicato entende que o momento é de unir esforços, as verbas têm de ser voltadas mesmo a essa situação emergencial sem precedente que estamos vivendo. O sindicato concordou com a medida de adiamento, no entanto sem esquecer que a gente já vinha colocando desde 2019 o quão temerária estava essa operação e como insuficiente era esse orçamento que tinha sido disponibilizado, o pessoal necessário, o cronograma atrasado e a redução do questionário”, ponderou.

 

“A gente entende que, uma vez adiado o Censo, vamos retomar essa luta que vínhamos fazendo desde 2019 que seja imprescindível que o Censo tenha garantido o orçamento inicial previsto, que o pessoal já contratado seja mantido e que a contratação de pessoal que ainda deverá ser retomada atenda à necessidade real de coleta por todo Brasil, a garantia de um cronograma conforme com as normas internacionais e a volta daquelas questões que já tinham sido discutidas. A retirada delas vai comprometer a qualidade da pesquisa”, prosseguiu.

 

Esta é apenas a segunda vez na série histórica em que o período decenal do Censo é interrompido. A outra foi durante o governo Collor, quando houve a protelação para 1991. A pesquisa recolhe dados sobre as características da população do país para a aplicação em políticas públicas.

 

O sindicato vem denunciando a modalidade de contratação de profissionais para a realização do Censo. A ausência de concursos públicos pelo órgão preocupa a dirigente da ASSIBGE.

 

“O IBGE, tendo feito a opção de inserir mão-de-obra precarizada, coloca todo mundo, em um momento desse, apreensivo. Como você vai garantir depois uma retomada do planejamento, do cronograma? Será que esse pessoal que não é concursado terá o seu trabalho garantido? No Brasil como um todo esse cenário de trabalhadores sem direitos, inclusive a ampla informalidade, traz uma preocupação a mais, para além da questão de saúde, se tornar uma questão social sem controle”, completou.

 

Ouça a entrevista de Manuela Alvarenga:

 

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