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“Brasil está regredindo ao período colonial”, lamenta Pedro Celestino

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A História conta que o Brasil tornou-se um país, em tese, independente há quase dois séculos, em 1822. No entanto, as ações que o governo de Jair Bolsonaro promove nos condenam ao retorno ao período de submissão aos interesses externos. Uma das provas disso é o processo de privatização ‘branca’ da Petrobras, nossa principal empresa estatal e ativo estratégico.

 

A entrega terá sequência após o anúncio do presidente da companhia Roberto Castello Branco da intenção em realizar uma nova oferta de ações da BR Distribuidora. Há também a expectativa da direção da estatal da venda do primeiro bloco de refinarias no início de 2020.

 

Na tentativa de conter a sanha privatista do Governo Federal, o Clube de Engenharia em parceria com diversas entidades, como o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), entre outras, promove um ato, no dia 12 de dezembro, a partir das 18h, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

 

Por ocasião do evento, será divulgado o manifesto de lançamento da Frente em defesa da Petrobras, do desenvolvimento e da soberania nacional, que tem como presidente o ex-senador Roberto Requião. O documento foi lido no editorial do programa desta quarta-feira (04), disponível em nosso site.

 

“Nos mobilizamos não só para denunciar à sociedade o que está ocorrendo, como também alertar a que se mobilize e impeça a continuidade desse desmonte. Vivemos uma crise tão aguda que a primeira preocupação das pessoas naturalmente é com o emprego, essa questão de soberania é deixada de lado. Se a pessoa não tem nem o que levar para casa, o que interessa primeiramente é o emprego para poder sobreviver, e estão se aproveitando da crise para tornar mais difícil a saída dela, nos remetendo à condição colonial”, disse Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia.

 

O engenheiro acusou as seguidas gestões da companhia de promoverem sua cessão ao capital estrangeiro e citou o trabalho da estatal em desenvolver o crescimento do país baseado na integração da indústria do petróleo.

 

“Estão desmontando a empresa por partes. O que caracterizou a Petrobras ao longo da sua história foi o fato de ela se constituir como uma empresa integrada, isto é, pesquisa, produz, refina, distribui derivados de petróleo, investe em petroquímica, como fazem todas as grandes petroleiras do mundo, estatais ou privadas. Na verdade, esse processo de desmonte não é do governo Bolsonaro, ele tem início na administração [Aldemir] Bendine, tanto é verdade que a diretoria da Petrobras pós-impeachment da Dilma foi mantida até janeiro deste ano”, destacou.

 

O argumento de que as acusações de suborno pago a antigos dirigentes da Petrobras e a agentes políticos teriam levado a empresa à míngua foram rebatidos pelo engenheiro, que relatou o verdadeiro interesse daqueles que comandam os Poderes constituídos no Brasil atualmente.

 

“A corrupção foi simplesmente o mote utilizado para desmontar o que construímos nesse país a partir da eleição de 1930, que foi o que nos tirou da condição de produtor e exportador de produtos primários desde o café, açúcar, cacau, ouro, ferro, borracha, algodão, para nos transformarmos em uma das maiores economias do mundo. O que estamos assistindo nesses últimos anos é a regressão do Brasil ao período colonial, que significa colocar o país como grande exportador seja de grãos, no agronegócio, seja de minérios, seja como exportador de petróleo bruto. Voltamos à década de 1950 quando importávamos derivados de Petróleo”, lamentou.

 

Ouça a entrevista de Pedro Celestino:

 

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