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Cid alerta: “Bolsonaro estica corda para o endurecimento do regime”

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As manifestações grosseiras de Jair Bolsonaro dão a tônica do governo desde o início do mandato. No entanto, o presidente da República tem atropelado o limite dos insultos pessoais e flertado com práticas passíveis de enquadramento criminal. Na última terça-feira, ele ofendeu a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S. Paulo, com referências sexuais.

 

O mandatário repetiu as acusações de Hans River, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows, na CPMI das fake news, dizendo que a repórter teria se insinuado para conseguir informações: “Ela queria um furo. Ela queria dar um furo [pausa para pessoas rirem] a qualquer preço contra mim”, ironizou na saída do Palácio do Planalto.

 

Políticos, representantes da sociedade civil e entidades reagiram e manifestaram repúdio à declaração de Bolsonaro. Uma delas foi a Associação Brasileira de Imprensa, que divulgou uma nota a respeito do caso. O jornalista Cid Benjamin, vice-presidente da ABI, condenou a postura ofensiva do ex-capitão do Exército.

 

“Nunca tivemos um presidente da República com comportamento tão cafajeste. Esse é um governo de milicianos, inimigos da democracia, dos trabalhadores, traidor da soberania nacional, se apoia em pastores evangélicos vigaristas, um governo inimigo da cultura, do meio ambiente, cooptou altos comandos militares dando altíssimo salários no aparelho do Estado. Nunca em um governo, nem na ditadura militar, havia tantos militares em cargos civis”, ressaltou.

 

As atitudes do presidente, na opinião de Cid, podem apontar a tentativa de imposição de um sistema político de repressão às liberdades individuais, semelhante ao dos ‘Anos de chumbo’, do qual o próprio jornalista foi vítima.

 

“Você [Pailo] falou que o Bolsonaro passou de todos os limites. Eu não arriscaria dizer isso porque a qualquer momento ele vai além, inclusive estou examinando a hipótese de que faça isso de caso pensado, esticando a corda ao máximo para chegar em uma situação de endurecimento do regime e fim da democracia. Isso pode ser um projeto e cada cafajestagem que ele comete é no sentido de caminhar nessa direção”, avaliou.

 

O posicionamento inerte das oposições diante das atitudes do Governo Federal também foi alvo das críticas do jornalista, lembrando que as esquerdas se atêm à disputa das eleições municipais.

 

“Acho que esse pessoal não está vendo o que está acontecendo, ficam discutindo como vai ser a coligação para a prefeitura XYZ. Até se discuta isso, mas esta não pode ser a questão central. A situação política é muito ruim para o movimento popular, mesmo que não houvesse esse tipo de comportamento. O quadro é complicado e independe da política errada que está sendo feita por boa parcela da oposição”, afirmou.

 

Ouça a íntegra da entrevista de Cid Benjamin:

 

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