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Costa avalia tese de interferência de Bolsonaro em órgãos de fiscalização

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Desde o início do mandato, o presidente Jair Bolsonaro vem dando seguidas manifestações de interferência em órgãos do serviço público responsáveis pela fiscalização e investigação não apenas da população em geral, mas de personagens da alta cúpula dos Poderes, como políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal.

 

O último episódio se deu ontem (11), com a demissão do secretário da Receita Federal Marcos Cintra. A alegação do Palácio do Planalto para a medida diz respeito à divulgação antecipada e ainda não sacramentada da criação de um imposto nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). O ex-capitão do Exército não aprovou a revelação à imprensa, visto que ele sempre foi contrário à criação de tributos.

 

No entanto, o próprio ministro da Economia Paulo Guedes mostrou-se favorável à nova CPMF em outras ocasiões. Desta forma, fala-se em Brasília de um acúmulo de discordâncias entre o presidente da República e o secretário demitido, entre elas as recentes investigações da Receita sobre seus filhos, em especial o senador Flávio Bolsonaro, e figuras do Congresso.

 

O jornalista Sylvio Costa, fundador do site Congresso em Foco, destacou que o político do PSL tem atuado para conter possíveis ameaças ao seu núcleo duro e citou um dos exemplos, além da intervenção na Receita Federal.

 

“Há vários movimentos do Bolsonaro nessa linha de interferência. Acho que o caso mais claro hoje é na própria Polícia Federal. Aí no Rio de Janeiro foi demitido o superintendente por determinação do Bolsonaro e o pano de fundo dessa demissão, ao que consta, é uma investigação em andamento sobre o deputado Hélio Negão, que é um aliado do Bolsonaro, possível candidato a prefeito nas eleições do ano que vem, e a polícia está investigando fatos de 15 anos atrás. Quando Bolsonaro soube disso, ficou irritadíssimo”, comentou.

 

Em gestões anteriores, lembrou Costa, não havia esse tipo de postura do presidente. O jornalista destacou também a perseguição de Bolsonaro ao funcionário do Ibama que, em 2012, o multou por pesca irregular em área de preservação ambiental, em Angra dos Reis (RJ). Após o político assumir a Presidência, o instituto resolveu extinguir a multa alegando prescrição.

 

“É fato que o Bolsonaro e sua família têm problemas junto a vários desses órgãos de controle, os filhos do Bolsonaro estão os três sob investigação, como ele no passado já esteve. Então você tem o quadro de um presidente que claramente interfere”, disse.

 

Ouça a entrevista de Sylvio Costa na íntegra:

 

 

Entrevista em 12.09.2019

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