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Cyro Garcia: “Cabo eleitoral de Bolsonaro foram desacertos do PT”

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As teorias que justifiquem a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República nas últimas eleições são as mais variadas. Há quem culpe um sentimento coletivo de desencanto com o que o ex-deputado federal chama de ‘velha política’, da qual paradoxalmente ele é um dos principais representantes, outros citam como motivação a crescente violência nas áreas urbanas das grandes cidades, que o então candidato tomou seu combate como prioridade.

 

O dirigente do PSTU e da Central Sindical Popular Conlutas (CSP-Conlutas) Cyro Garcia observa uma influência direta das gestões anteriores do Partido dos Trabalhadores com Lula e Dilma Rousseff.

 

“O grande cabo eleitoral do Bolsonaro foram os desacertos do PT, o desalento de um amplo setor da classe que se sentiu abandonado por conta, óbvio, da crise econômica que se instalou no país, mas as medidas tomadas pelo governo do PT, que foram as mesmas do receituário da burguesia liberal, atacando a classe trabalhadora, tirando direitos”, afirmou.

 

A falta de reconhecimento e o desencanto das parcelas mais empobrecidas da população com o projeto político do partido tiveram papel preponderante no processo que levou Michel Temer ao Palácio do Planalto, na opinião do ex-postulante ao Senado.

 

“Quando resolveram na superestrutura, ou seja, no Parlamento tirar o mandato da Dilma, que se elegeu legitimamente por um processo eleitoral, lamentavelmente a classe que a elegeu não saiu em sua defesa. Muito pelo contrário, não só bateu palmas como não foi para as ruas defendê-la porque estava se sentindo atacada”, pontuou.

 

Nos preparativos para a realização de uma grave geral nas próximas semanas, as centrais sindicais e os movimentos populares irão se mobilizar contras os desmontes do governo de Jair Bolsonaro em 1º de maio por ocasião do dia do Trabalhador.

 

Desta vez, em uma ação inédita, a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores se mobilizaram em torno de um único evento em São Paulo, ao contrário do que acontecia nos anos anteriores, quando cada entidade fazia seu encontro. No Rio de Janeiro, há duas alternativas para a reunião.

 

“Aqui no Rio ainda estamos patinando nessa questão, ainda não está fechado o local. A ideia é não ser aquele 1º de maio como muitas vezes aconteceu na Cinelândia, em um dia que não tem ninguém no Centro da cidade. Hoje a Praça Mauá é uma área de lazer, depois da reforma do porto é frequentada por muita gente, e há a Quinta da Boa Vista, que é um grande centro de lazer da classe trabalhadora brasileira. No meu ponto de vista, a Quinta tem essa questão da retomada simbólica dos importantes 1º de maio que fizemos ao longo da década de 1980”, citou o dirigente.

 

Ouça a entrevista de Cyro Garcia na íntegra:

 

 

Entrevista em 18.04.2019

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