As definições de tragédia climática têm sido atualizadas cada vez mais rápido no Brasil nos últimos tempos. Os eventos extremos se sucedem, com perdas de vidas humanas, prejuízos materiais incalculáveis, dor, desespero e os argumentos das autoridades para justificar o descaso se assemelham. Desta vez, o Rio Grande do Sul é quem vive esse caos, com as chuvas que caíram ao longo da última semana e levaram a cheias históricas do Rio Guaíba, deixando debaixo d’água diversas cidades, inclusive a capital Porto Alegre.

Já foram registradas mais de 100 mortes, dezenas de pessoas desaparecidas, centenas de milhares de desabrigados e um misto de sentimentos, que só é amenizado pela solidariedade do povo brasileiro, unido em socorro aos gaúchos. O fato é que nada justifica o descaso dos gestores públicos para minimizar os estragos desses eventos extremos Brasil afora.

Para discutir as responsabilidades pela tragédia no Rio Grande do Sul e as iniciativas que os gestores públicos devem tomar para evitar novos desastres, o Faixa Livre convidou o professor Titular no Instituto de Geociências da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRS) e coordenador-geral do Atlas Ambiental de Porto Alegre Rualdo Menegat, o ecólogo, doutor em Ciência, professor de Ecologia na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e coordenador do Laboratório de Sustentabilidade Corporativa ESG Marcelo Dutra da Silva e o biólogo e coordenador da Coalizão pelo Clima Pedro Aranha.

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