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Devalle: “Preço baixo do petróleo escancara importância de refino”

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A disputa entre Rússia e Arábia Saudita em torno do aumento dos volumes de produção de petróleo combinada à baixa demanda da commodity devido à paralisia dos mercados provocada pelo novo coronavírus levou os preços do barril aos níveis mais baixos desde 2003.

 

Na última quarta-feira (18), a cotação do óleo tipo Brent fechou em queda de 13,4%, a US$ 24,88. A perda de valor do produto afeta diretamente os ganhos da Petrobras, que vê desabar o valor das suas ações na Bolsa de Valores.

 

Além disso, caso o preço seja mantido em patamares reduzidos por um longo período, a estratégia de privatização dos centros de refino da estatal pelo governo de Jair Bolsonaro, condenada pelas representações de trabalhadores do setor do petróleo em todo o país, trará mais prejuízos para a empresa.

 

O diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) Antony Devalle alertou para a necessidade de se manter a companhia produzindo derivados para alimentar o consumo interno.

 

“Nesse contexto, se escancara ainda mais o que já estava escancarado, mas agora é praticamente impossível não ver. Todas as gestões da Petrobras desde o Joaquim Levy têm procurado fazer uma capa de técnica em torno desse discurso como se fosse político, de que a Petrobras tem de ser privatizada e colocam um eufemismo que se chama venda de ativos. A Petrobrás quer vender oito de suas 13 refinarias em 2020”, relatou.

 

“Se o preço do barril de petróleo ficar baixo durante muito tempo, a Petrobrás vai ter menos entrada de dinheiro na exploração e produção e, portanto, fica ainda mais escancarada a importância do refino, de ser uma empresa integrada de energia. É um crime essa política”, condenou o dirigente.

 

Por conta da emergência de saúde provocada pela Covid-19, o Sindipetro-RJ reivindicou à estatal que revisse a escala de trabalho dos profissionais, liberando das funções aqueles em que o trabalho tem baixo impacto na produção.

 

“A gente do sindicato tem feito uma demanda no sentido de diminuir literalmente as atividades da empresa, de resguardar ao máximo os trabalhadores incluindo liberar muita gente que não é de atividade muito essencial no curto prazo. Por exemplo, quem tem filho pequeno, especialmente, as escolas estão fechadas. Até para a pessoa trabalhar em casa em um cenário como esse é difícil. É uma situação excepcional, então temos um comitê de crise relativo ao coronavírus instalado na Petrobrás”, salientou o petroleiro.

 

Ouça a entrevista de Antony Devalle:

 

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