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Dirigente do Sindipetro-RJ denuncia paralisação de fábrica da Petrobras

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Alvo da sanha privatista do Governo Federal, a Petrobras enfrenta uma situação incomum em sua história: o encerramento das atividades em algumas de suas fábricas no país, o qual a atual diretoria da empresa classifica como ‘hibernação’, provocando a demissão de centenas de trabalhadores.

 

A denúncia da prática, considerada ilegal por alguns juristas, foi feita pelo diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e membro da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) Vinícius Camargo.

 

“A Petrobras continua no seu programa de retirada de direitos, privatização e hibernação de ativos. Esse é o nome bonito para a paralisação do projeto e demissão dos trabalhadores. Eles estabeleceram a saída dessa área de negócios e tentando vender essa planta”, ressaltou, em referência à subsidiária da estatal Araucária Nitrogenados, no Paraná.

 

“Ela já fez isso em outras fábricas de fertilizantes no Nordeste, tanto na Bahia, quanto no Sergipe e em Alagoas. A Justiça reverteu [a medida] em certo momento e depois a liminar caiu. A gente já tem um impacto bastante grande nos nossos trabalhadores, muitos, devido à pressão, se aposentando, outros deixando a Petrobras de fato, entrando no PDV (Plano de Desligamento Voluntário), mudando de empresa, e outros sendo desmobilizados do Nordeste e voltando ao Sudeste”, relatou Vinícius.

 

A Petrobras informou que fará a demissão de todos os 396 funcionários da subsidiária, que são considerados empregados diretos. No entanto, o dirigente do Sindipetro garantiu que o número de desligamentos é maior.

 

“Normalmente quando a Petrobras informa os números, ela omite a questão dos terceirizados, então temos mais de mil empregados sendo demitidos. É a mesma coisa que aconteceu na Bahia, onde ela fala um número, mas já de pronto demitia todos os terceirizados. É um absurdo por completo”, lamentou.

 

O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) acertado com os sindicatos no ano passado prevê uma negociação para o caso de desmobilização de fábricas, algo que não foi feito na subsidiária paranaense.

 

“A Petrobras está atropelando e nesse último processo de Araucária Nitrogenados, foi de um dia para o outro, sem nenhuma negociação com o sindicato local ou com a Federação Única dos Petroleiros. Já foi feita essa denúncia, devem estar tomando todas as iniciativas jurídicas para reverter a medida e construir, eu espero, uma greve nacional petroleira para conter o processo em conjunto. A gente já está vendo o resultado da privatização da BR Distribuidora, um plano de demissão com mais de 40% dos trabalhadores aderindo, e a BR Distribuidora ainda demitindo posteriormente a isso”, completou o membro da FNP.

 

Ouça a entrevista de Vinícius Camargo:

 

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