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Editorial – 06.04.2020

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O programa Faixa Livre, em edições inéditas, está de volta. Ciente de sua responsabilidade em um momento tão grave para o país e o mundo, a equipe do programa se viu na obrigação de continuar oferecendo conteúdo atual nas tradicionais entrevistas e editoriais aqui nesse espaço diário na Rádio Bandeirantes. Quem já nos acompanha pelo nosso site e pelas redes sociais, pôde perceber, ao longo das duas últimas semanas, que mantivemos a atividade com a veiculação de artigos preparados pelos nossos colaboradores históricos.

 

Para voltarmos às transmissões aqui pela rádio, fomos obrigados a realizar algumas alterações no programa em respeito às recomendações de isolamento social das autoridades da saúde e para preservar a integridade da nossa equipe de trabalho por conta novo coronavírus. Durante o período da pandemia que afeta o planeta, nosso programa será gravado no dia anterior à sua veiculação. Desta forma, ficam inviabilizadas as participações de vocês ouvintes pelo telefone no estúdio.

 

Os recados poderão ser enviados apenas por e-mail, pelo nosso site ou pelas redes sociais. Pedimos desculpas por essa limitação na nossa interação diária, mas foi a forma que encontramos para continuar levando a vocês, que nos prestigiam ao longo desses mais de 25 anos, as nossas opiniões e as análises criteriosas e isentas aos interesses veiculados pela mídia dominante dos especialistas que sempre participaram conosco.

 

Serão dias difíceis, teremos trabalho redobrado, mas seguiremos firmes na nossa função de informar e, de alguma forma, formar opinião. Não abandonaremos essa trincheira diária. E como podem perceber, outra mudança temporária dentro deste processo acontece no comando do programa. O nosso bravo Paulo Passarinho se afastou temporariamente e me deixou com a enorme responsabilidade de, mais uma vez, tocar o programa. Deixo meu abraço e agradecimento a ele e toda equipe do Faixa Livre pela confiança. Espero poder levar a vocês, ouvintes, entrevistas e opiniões com qualidade pelo menos semelhante às do titular desta tribuna Paulo Passarinho.

 

Voltando à análise da realidade nacional, a emergência provocada pelo novo coronavírus tem deixado a mostra toda falta de condições de Jair Bolsonaro ocupar a presidência da República, algo que já era denunciado antes mesmo das eleições gerais de 2018. O ex-capitão do Exército foi eleito apenas pela exacerbação de um sentimento antipetista alimentado pela mídia dominante.

 

Parte dessa mesma imprensa, liderada pelas Organizações Globo, percebeu tardiamente o problema que arrumou para o país e abriu campanha pela saída do político do Palácio do Planalto, destinando um espaço generoso em seus telejornais para escancarar as posturas tresloucadas e medidas irresponsáveis do chefe do Executivo federal.

 

Pelos cálculos dos grandes conglomerados de comunicação, Bolsonaro deixaria de lado os posicionamentos autoritários e inconsequentes que sempre pontuaram sua carreira, tanto nos tempos em que foi militar, sendo quase expulso do Exército, como no longo período em que ocupou cargos políticos, sem ter conquistado qualquer expressão.

 

Mas Bolsonaro mostrou que, além de competência, não tem rédeas. Montou o chamado gabinete do ódio onde os integrantes, chefiados pelo seu filho Carlos Bolsonaro, que, apesar de vereador pelo Rio de Janeiro, já ocupa um gabinete no Palácio do Planalto, produzem e compartilham notícias falsas evocando seus apoiadores no combate a uma suposta esquerda marxista que quer acabar com a família brasileira, bem como um corpo ministerial com pelo menos quatro integrantes que seguem a mesma linha da irracionalidade, com a Damares Alves, titular da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Ernesto Araújo, nas Relações Exteriores, o Ricardo Salles, no Meio Ambiente, e o Abraham Weintraub, no Ministério da Educação.

 

Agora, diante da crescente oposição ao seu mandato, Jair Bolsonaro parece seguir apostando no caos, situação onde se coloca em zona de conforto, já que esse sempre foi o modus operandi do ex-capitão. A ameaça de decretar o fim do isolamento social necessário para evitar uma explosão de infecções e mortes provocados pela pandemia do novo coronavírus deixa em alerta até as Forças Armadas.

 

Já há vozes em Brasília que apontam para um acordo onde Bolsonaro seguiria como presidente até o fim de seu mandato, mas seria uma espécie de Rainha da Inglaterra, sem qualquer poder de decisão. O general Braga Neto, atualmente ministro chefe da Casa Civil, ficaria responsável por levar o país até o final de 2022. Mas será que o excêntrico ex-capitão aceitaria esta condição passivamente? A expectativa é que teremos as próximas semanas quentes no Planalto Central.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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