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Editorial – 07.12.2020

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Além das questões nacionais, como o primeiro turno das eleições municipais em Macapá, após os problemas provocados pelo apagão que atingiu o Amapá durante o último mês, este final de semana ficará marcado pela morte do ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez, aos 80 anos, que liderou o país até o mês de março deste ano, por conta de um câncer de pulmão. Ironicamente o ex-mandatário era o maior oncologista do país e atendia seus pacientes nas horas vagas enquanto ainda estava na Presidência.

 

Vázquez foi eleito pela primeira vez em 2015 pela coalizão de esquerda Frente Ampla, encerrando a hegemonia dos tradicionais Partido Colorado e Partido Nacional, e foi reeleito em 2015, sucedendo o correligionário Pepe Mujica. As gestões do político foram marcadas pela estabilidade econômica no país, além do avanço em uma série de pautas progressistas, como aquelas que regularam o direito ao aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o consumo da maconha.

 

Até mesmo seu opositor e atual presidente Luis Lacalle Pou lamentou a passagem de Vázquez, dizendo que ele “enfrentou com coragem e serenidade sua última batalha, serviu ao país e, com base no seu esforço, obteve vitórias importantes. Foi o presidente dos uruguaios”. Outros líderes latino-americanos lembraram com tristeza a morte do político, como os ex-presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva. Fica aqui registrada a homenagem do Faixa Livre a essa importante figura para o cenário político no nosso continente.

 

Eu gostaria de citar também neste espaço editorial uma data representativa para o nosso programa, que completou, no último sábado, 26 anos de existência e resistência no dial da rádio Bandeirantes 1360 AM em quase todo o período em que está no ar, com um hiato de pouco mais de dois anos, entre 2014 e 2016, quando veiculamos nosso conteúdo na Rádio Livre. Além de ressaltar a importância do Faixa Livre para a luta dos trabalhadores do nosso país, o programa foi uma iniciativa de algumas entidades sindicais e associativas, com destaque para a Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), em um momento em que o liberalismo começava a dominar o quadro institucional, com a chegada de Fernando Henrique Cardoso ao poder e sua tentativa de privatizar todas as nossas estatais.

 

Além de agradecer a todos os comentaristas que fizeram e fazem a história dessa trincheira democrática, contribuindo para o bom debate, às entidades que seguem nos apoiando bravamente até os dias de hoje e, principalmente, a vocês ouvintes que nos deixam entrar em suas casas todos os dias e são a verdadeira razão da nossa existência, diante de todas as dificuldades que o programa tem atravessado nos últimos anos por conta de sua linha editorial independente, eu preciso fazer uma homenagem a todos os que passaram por este microfone citando especialmente três nomes: os jornalistas Ricardo Bueno e Álvaro Queiroz, os primeiros a comandarem o Faixa Livre, e ao nosso querido Paulo Passarinho, que por praticamente 20 anos liderou e ainda lidera esta equipe, afastado por conta dessa excepcionalidade provocada pela pandemia.

 

Eu não posso deixar de citar as nossas queridas Celeste Cintra e Nathália Moraes, que fazem um trabalho mais que essencial para que possamos levar o programa ao ar, e dizer também que é uma honra e uma responsabilidade enorme ser atualmente a voz dessa importante ferramenta que serve a tanto tempo como contraponto ao discurso da mídia dominante, defendendo a soberania do nosso país e àqueles que são os verdadeiros donos dessa nação, que é a classe trabalhadora.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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