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Editorial – 10.06.2020

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O Tribunal Superior Eleitoral retomou ontem um julgamento que pode mudar definitivamente a história do nosso país e provocar as mudanças necessárias neste grave momento que atravessamos. Os ministros voltaram a analisar duas ações que tratam de ataques cibernéticos no Facebook que teriam favorecido a campanha de Jair Bolsonaro. Os pedidos forram ajuizados pelos então candidatos Guilherme Boulos, do PSOL, e Marina Silva, da Rede.

 

As ações pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão usando como argumento o fato de que o grupo “Mulheres contra Bolsonaro”, que contava com 2,7 milhões de pessoas, sofreu uma intervenção de hackers que alterou o conteúdo da página, que passou a se chamar “Mulheres com Bolsonaro #17”, com a exclusão de membros e disparos de mensagens a favor do ex-capitão do Exército.

 

O relator do caso, ministro Og Fernandes, havia votado contra os pedidos dos ex-candidatos em novembro passado ao afirmar que as investigações não foram conclusivas quanto a autoria da ação, além de acreditar que a interferência não prejudicou o pleito. O ministro Edson Fachin, na ocasião, pediu vista para analisar as provas.

 

Além desses pedidos de impugnação, outros seis aguardam análise na Corte, ainda sem data, sendo que quatro apontam irregularidade na contratação de serviço de disparos de mensagens pelo Whatsapp, fatos absolutamente comprovados tanto pelo Congresso, na CPMI das fake news, como pelo Supremo, nas buscas que fez tendo como alvo aliados do presidente que financiaram, produziram e divulgaram notícias falsas, uma verdadeira quadrilha virtual que influenciou diretamente o resultado das eleições presidenciais.

 

Mesmo que os casos em julgamento neste momento não tenham relação, ao menos direta, com essa fábrica de fake news, que tem como um de seus pilares o centro do governo, mais especificamente o filho do mandatário, o vereador Carlos Bolsonaro, a sociedade civil precisa pressionar os ministros do TSE para que tomem uma atitude imediata.

 

O Brasil não pode ficar entregue mais um minuto sequer a uma gestão criminosa, autoritária, que ameaça a ordem democrática a todo momento, com ideais fascistas, ignorante, genocida, minimizando os efeitos da pandemia e maquiando dados de óbitos para enganar a população, prática típica de regimes ditatoriais, entreguista, com a privatização das nossas empresas estratégicas, como a Petrobras, a Eletrobras, os Correios, a Dataprev, entre outras, que se alinha automaticamente e de maneira acrítica a governos tiranos, como é o caso dos Estados Unidos, que destrói as principais garantias sociais que dão o mínimo de sustentação a uma sociedade já tão afetada historicamente pela desigualdade.

 

O Faixa Livre entrou definitivamente na defesa de uma pauta que foi chamada pelo nosso querido Paulo Passarinho, a necessidade de cassação imediata da chapa Bolsonaro-Mourão com a realização de eleições diretas já!

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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