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Editorial – 13.08.2019

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O índice divulgado ontem pelo Banco Central com a prévia sobre o comportamento da economia no segundo trimestre deste ano indicou um recuo do PIB de 0,13%. Se isso vier a se confirmar, porque os dados oficiais do segundo trimestre em termos de economia serão divulgados pelo IBGE no final deste mês, o estudo do Banco Central é apenas uma prévia, nós estaremos tecnicamente em recessão, tudo isso por conta da queda do PIB também no primeiro trimestre deste ano.

 

O senhor Paulo Guedes, que ocupa o todo poderoso Ministério da Economia do país, disse que, na verdade, será necessário um pouco de paciência, e se a gente observar qual é a pregação dos dirigentes do governo, bem como da mídia dominante, o que essa turma espera é que com a reforma da Previdência e outras mudanças legislativas sempre em prejuízo do povo, a economia irá melhorar. É mentira isto, na verdade o que vai muito bem são os balanços dos bancos e das multinacionais.

 

Paulo Guedes é um representante desses interesses, nós não podemos nos iludir em meio a essa ofensiva do capital contra o mundo do trabalho. O que os capitalistas estão assegurando é cada vez melhores condições no jogo competitivo justamente contra os trabalhadores, por isso, mais do que nunca, é importante a movimentação que hoje todo setor de educação faz no país. São profissionais da educação, professores, funcionários e estudantes que vão às ruas novamente em defesa da educação pública, da aposentadoria, do emprego, mas para isso, vamos deixar claro, será necessário derrotar o projeto liberal, derrotar esse conjunto de mudanças que desde os anos 1990 vem embalando a economia brasileira.

 

É isto mesmo, desde os anos 1990 nós estamos sob a ditadura financeira que se materializa na liberalização das nossas fronteiras financeiras com essa liberdade de entrar e sair do país com dólares, conforme os interesses das multinacionais e dos bancos. Nós precisamos derrotar esse esquema e, principalmente, sepultar todas as ideias que levam cada vez mais o Estado a ser refém dos grandes capitalistas, principalmente através do mecanismo da dívida pública. Sem enfrentar essa questão, nós não teremos alternativa.

 

Por isso hoje, quando estivermos nas ruas, mais do que nunca é necessário protestar contra o governo Bolsonaro, mas, acima de tudo, contestar e combater o apoio que o governo Bolsonaro tem dos bancos, das multinacionais e especialmente da mídia dominante, essa mídia que diuturnamente faz com que o povo brasileiro fique intoxicado por ideias que não pertencem aos nossos interesses, que não dizem que respeito aos nossos interesses.

 

Precisamos recuperar o Estado sob o ponto de vista da população, da imensa maioria do nosso povo, e, para isso, a derrota do projeto liberal é fundamental. Sem que a gente tenha clareza de como construir um Estado para defender a nossa população contra os bancos, contra as multinacionais, continuaremos a ter cada vez mais dificuldades no nosso dia-a-dia para viver simplesmente como pessoas honestas, que trabalham, que querem um Brasil diferente. Essa é a grande questão que está em jogo nesse momento: ou nós defendemos o nosso país do ataque dos banqueiros, das multinacionais, ou seremos permanentemente derrotados. O que está em jogo é o próprio futuro do Brasil.

 

Ouça o comentário de Paulo Passarinho:

 

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