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Editorial – 13.12.2021

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Uma das muitas polêmicas que envolvem as escolhas do ex-presidente Lula visando a disputa das eleições presidenciais do ano que vem gira em torno da seleção de quem irá compor a chapa como vice. E o nome mais forte nos últimos tempos, como temos debatido aqui no programa, é o do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que está de saída do PSDB e ainda busca um destino, provavelmente PSD ou PSB.

 

A grande questão é que o nome de Alckmin provoca muita polêmica por tudo que ele representa, por toda carga de concessões que ele obrigaria que fossem feitas em uma gestão que, teoricamente, seria de centro-esquerda. Enfim.

 

A jornalista Cristina Serra, em sua coluna do último sábado (11) para o jornal Folha de S. Paulo lista os problemas dessa eventual escolha e aponta algumas figuras que poderiam assumir esse posto em uma candidatura do petista. Ela diz o seguinte:

 

O Brasil vive o pior momento de sua história recente com um genocida/miliciano entrincheirado no Planalto. Tirá-lo de lá vai exigir os melhores esforços das forças democráticas. Por isso, não deixa de ser notável a disposição para o diálogo entre adversários, como Lula e Alckmin.

 

Pelo que vazou até agora, as conversas envolvem a possibilidade de Alckmin ser o vice de Lula, aliança que dependeria do ingresso do ainda tucano no PSB, além de acordos regionais entre socialistas e petistas, aliados naturais. Uma composição como essa envolve o compromisso e o equilíbrio de concessões e vantagens para todos os envolvidos, algo bastante complexo mesmo para os políticos mais habilidosos.

 

Eleitor não vota em vice, mas o vice tem importância estratégica. O golpe de 2016 está aí para provar. Há exemplos de outra natureza. A dupla FHC-Marco Maciel selou a aliança preferencial dos tucanos com a direita. O empresário José Alencar serviu para quebrar resistências contra um suposto radicalismo de Lula.

 

Que capital político Alckmin traria para Lula, já tão bem posicionado na largada? Se trouxesse seu partido, ou, pelo menos, lideranças do PSDB original, como FHC e Tasso Jereissati, poderia se falar em frente ampla. Mas Alckmin está de saída por falta de espaço numa legenda que se tornou linha auxiliar do bolsonarismo no Congresso.

 

Uma convivência que não é de todo estranha. Quando governador de SP, Alckmin teve como secretário particular e de Meio Ambiente ninguém menos do que Ricardo Salles, que viria a ser ministro de Bolsonaro e que deixou o cargo com alentada ficha criminal. Alckmin cabe numa frente democrática contra Bolsonaro? Sem dúvida. Mas precisa ser o vice?

 

Por que não Flávio Dino, que derrotou o clã Sarney no Maranhão, duas vezes? Convenhamos, uma façanha. Ou Celso Amorim, diplomata de carreira irretocável, num momento em que o Brasil terá que refazer pontes em cenário externo desafiador? São só dois exemplos. Há outros bons nomes por aí”.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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