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Editorial – 17.12.2021

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Chegamos ao final de um ano muito difícil para todos nós brasileiros, talvez um dos mais difíceis da história. Uma série de desafios se colocaram por conta da pandemia e outros se impuseram pela ingerência dolosa do governo de Jair Bolsonaro, que fez de tudo para sabotar a vacinação, provocou quase meio milhão de mortes em 2021 pela Covid-19, isso para citar apenas a pandemia.

 

Teremos em 2022 um ano onde poderemos dar um basta nessa tragédia institucional escolhendo um novo presidente da República. Alguém que possa ser capaz de tirar o povo brasileiro do abismo em que está, passando fome, desempregado, desalentado, desesperançado. Essa não se trata de uma simples eleição, é a escolha se vamos desfazer ou referendar retrocessos civilizatórios de décadas, em alguns casos, de séculos, em diversos campos.

 

Na saúde, na educação, no meio ambiente, na economia, no trabalho, na cultura, na segurança pública, nos direitos dos povos originários. Não se trata de escolher entre um ou outro nome. É a decisão que vai definir os rumos que a sociedade brasileira vai tomar independente de quem estiver no poder. Estamos tratando de cidadania, de dignidade.

 

Esse será o ano que nós, enquanto coletividade, teremos para cobrar a principal liderança política desse país, uma das maiores em toda a história, um compromisso efetivo com o caminho do progresso, pelo respeito ao planeta em que habitamos, pelo reestabelecimento de garantias mínimas conquistadas com muito suor e sangue por aqueles que nos antecederam.

 

É hora de o povo ir para as ruas gritar não só pelo ‘fora Bolsonaro’, pauta que deve ser sempre prioritária, mas também exigir de Lula, líder isolado nas pesquisas de intenções de voto, com chances de vencer inclusive em primeiro turno, que adote um novo rumo, uma nova direção para a relação entre povo e poder no nosso país.

 

Muitas mudanças serão necessárias, e eu vou citar apenas algumas poucas, como a realização de referendos revogatórios para a nossa população decidir sobre diversos temas, como as reformas, as alterações no texto constitucional que desfiguraram a já claudicante Carta Magna, a reestatização de empresas que foram entregues nos últimos anos pelos ultraliberais, a imediata revogação do teto de gastos, que engessa o nosso país, a adoção de políticas públicas que coloquem o povo como protagonista, com a criação de empregos de qualidade, o fim da precarização do trabalho, a retomada do nosso parque industrial, a universalização do ensino público e gratuito.

 

Lula, ao que tudo indica, será carregado ao Palácio do Planalto nos braços do povo, esse mesmo povo que o elegeu lá em 2002 e que, agora, quase duas décadas depois, renova as esperanças de mudanças efetivas, e não de alianças que mantenham a ordem do capital hegemônico. É um momento único, uma nova chance de alterar os rumos da história. O ex-presidente não precisará das elites para ganhar as eleições e tem de governar com quem vai elegê-lo, que é a nossa população.

 

Muitos podem dizer que é ilusão da minha parte esperar isso do petista, e pode ser mesmo, mas que esse ano trágico que foi 2021 sirva de lição para que possamos escrever páginas auspiciosas nesse período de eleições presidenciais que se avizinha. Além de superar o pesadelo que é Jair Bolsonaro, o brasileiro precisa acreditar que pode voltar a sonhar com dias melhores, e é isso que nós faremos aqui no Faixa Livre no ano que vem, seguiremos na cobrança para que as lideranças políticas tenham responsabilidade com quem precisa ser o personagem principal, mas foi açoitado ao longo dos últimos tempos, que é o povo do nosso país.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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