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Editorial – 21.10.2020

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Hoje me sobrou muito pouco tempo para o nosso editorial, mas eu quero aproveitar esses dois minutinhos para fazer um rápido comentário a respeito desse acordão que foi costurado no Senado para abafar aquele episódio em que o senador Chico Rodrigues (DEM), partido do presidente da Casa Davi Alcolumbre, foi flagrado pela Polícia Federal com mais de R$ 30 mil na cueca.

 

O parlamentar, seguindo o conselho de seus pares, pediu licença do cargo na manhã de ontem por quatro meses, com objetivo, obviamente, de baixar a pressão da opinião pública a respeito do caso e evitar, assim, a cassação de seu mandato. E o substituto do parlamentar no Senado é nada mais, nada menos que seu filho, Pedro Arthur, suplente no cargo.

 

O pedido de licença parece que já deu resultado, visto que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso suspendeu o afastamento que tinha imposto a Chico Rodrigues. A operação abafa contou com explicações do senador, que escreveu, em seu pedido ao Senado, que teve a “infelicidade de tomar a decisão mais irracional” de toda sua vida. Ele alegou que o dinheiro encontrado tem origem lícita e é fruto de atividade empresarial familiar. Veremos o que as investigações sobre o caso dirão.

 

Eu queria fazer apenas mais dois rápidos registros: primeiro a aprovação pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado do nome do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para o Tribunal de Contas da União. Falta apenas o plenário da casa ratificar a indicação. Ou seja, Bolsonaro emplaca um homem de total confiança no órgão que fará a análise das contas do governo. Uma vergonha. Além disso, o próprio Senado fará hoje a sabatina com o desembargador Kassio Marques, indicado pelo presidente da República à vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal.

 

A aceitação é dada como certa, visto que o aspirante à vaga já fez sua articulação não só com parlamentares, mas com setores do capital hegemônico, como a Fiesp e a CNI. É mais um nome a serviço dos rentistas na Corte Suprema do nosso país.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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