Em mais um editorial relâmpago, eu quero comentar rapidamente dois assuntos. Primeiro mais uma ameaça dos militares à nossa democracia, em um recado enviado pelo ministro da Defesa general Braga Netto, com apoio dos três comandantes das Forças Armadas, ao presidente da Câmara Arthur Lira, avisando que, se não houver a aprovação do voto impresso e “auditável” pelo Congresso, não haveria eleições em 2022. Essa informação foi veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo na última quinta-feira (22).

Tanto o parlamentar, como o militar negaram a ameaça, mas fato é que, independente de esse aviso ter ocorrido ou não, os militares há tempos já utilizam essa estratégia de anunciar o golpe em uma tentativa de banalizar a ação e ganhar a adesão de outras forças, com um único objetivo: evitar o retorno do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto, inclusive com apoio eventual de setores ditos democráticos.

A única certeza que temos é que o ano de 2022 seguirá nessa mesma toada, talvez ainda mais tenso do que o atual, e precisamos estar preparados para combater qualquer tipo de ameaça. Nesse sentido, os brasileiros voltarão às ruas de todo o país neste sábado (24) pelo “fora, Bolsonaro”.

As mobilizações se darão em todas as capitais, aqui no Rio a concentração se dará no Monumento Zumbi dos Palmares, a partir das 10h, e novamente as centrais sindicais e os movimentos sociais estão liderando esses protestos. Temos todos de ir para as ruas exigir a saída imediata de Jair Bolsonaro da Presidência, colocando fim, de uma vez por todos, à sombra do autoritarismo que se coloca no nosso país. Essa deve ser a pauta única de todas as forças progressistas, o “fora, Bolsonaro” já.

Ouça o comentário de Anderson Gomes: