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Editorial – 23.11.2021

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A prova do Enem e os atos pelo ‘fora, Bolsonaro’ no último final de semana acabaram, de alguma forma, ofuscando um dos maiores vexames da história do PSDB e, porque não dizer, da classe política no nosso país. O partido não conseguiu escolher seu candidato à Presidência da República após um processo que teve ampla cobertura pela mídia dominante.

 

Os tucanos alegaram que houve problemas no aplicativo contratado para fazer a votação remotamente, mas eu acredito que isso vá muito além de um simples problema eletrônico, bem como não fica restrito ao PSDB. Isso passa pelas estruturas partidárias aqui no Brasil, desgastadas, que não evoluíram no mesmo ritmo da sociedade, e isso acaba refletindo na perda de confiança de parte expressiva da população na política institucional.

 

Nós vamos tratar sobre esse tema nos próximos dias aqui no Faixa Livre, mas eu gostaria de ler a coluna do jornalista Bernardo Mello Franco, publicada ontem (22) pelo jornal O Globo, que trata dessas prévias frustradas. O título do texto é “Mico tucano: PSDB perde prévias do PSDB”:

 

O tucano virou mico nas prévias do PSDB. O partido prometeu um exemplo de democracia interna, mas deu vexame e não conseguiu escolher seu candidato a presidente em 2022.

 

A sigla gastou R$ 2 milhões, bancados pelos cofres públicos, para contratar um aplicativo de votação. No dia decisivo, o programa apresentou uma pane e melou a conclusão do processo.

 

Os problemas do PSDB começaram muito antes da falha técnica, que impediu o voto de 92% dos inscritos. As prévias expuseram as entranhas de um partido que encolheu e perdeu relevância na política nacional.

 

Sem decolar nas pesquisas, os governadores João Doria e Eduardo Leite passaram a campanha trocando farpas e insinuações. Enquanto eles duelavam, o ex-juiz Sergio Moro avançou sobre o espaço vago na direita liberal.

 

Coube ao azarão das prévias, Arthur Virgílio, botar o dedo na ferida. Sem chance de ser escolhido, o ex-senador escancarou no domingo a crise existencial do PSDB.

 

“Nós temos uma bancada que tem se comportado como bolsonarista ao longo das votações mais relevantes”, disse.

 

Representante dos “cabeças brancas” que integraram o governo Fernando Henrique Cardoso, Virgílio comparou o partido a um caminhão carregado de “maçãs boas”.

 

“Mas tem uma que está estragando bastante as outras. Dou nome e sobrenome: Aécio Neves”, criticou.

 

O domingo dos tucanos prometia festa, mas terminou em clima de constrangimento. Nas prévias do PSDB, o grande derrotado foi o PSDB”.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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