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Editorial – 29.03.2021

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Esse primeiro fim de semana com uma maior restrição nas regras de circulação de pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo para tentar conter as infecções pela Covid-19, especialmente com o fechamento do comércio não essencial, parece que fez com que os moradores das duas principais cidades do país ficassem em casa, sem as aglomerações que os especialistas tanto temem.

 

Na capital fluminense, alguns banhistas desafiaram o decreto do prefeito Eduardo Paes e se arriscaram nas praias da Zona Sul e Oeste, mas em um número bem inferior ao que teríamos em um dia normal com muito sol como o Rio teve no sábado e no domingo. Os fiscais tiveram dificuldades para autuar quem desrespeitou a necessidade de afastamento. Uma festa em uma piscina, com cerca de 300 pessoas, chegou a ser fechada no bairro da Taquara.

 

Fato é que, no sábado, batemos mais um recorde de mortes na média móvel nos últimos 7 dias, com 2548 brasileiros indo a óbito a cada 24 horas. A situação é caótica, já morre mais que o dobro de pessoas no Brasil em comparação a qualquer outro país do mundo por dia. Esperamos que essa iniciativa de prefeitos e governadores, mantendo apenas as atividades essenciais em funcionamento, tenha resultado, ainda que isso, indiretamente, diminua a pressão sobre o irresponsável do Jair Bolsonaro, que já descartou o lockdown inúmeras vezes. O que mais importa, neste momento e em qualquer outro, é a vida dos brasileiros.

 

Eu gostaria também de comentar muito rapidamente o pedido de demissão da presidente do IBGE Susana Guerra, que ocorreu na última sexta, sob a alegação de motivos familiares, mas fato é que ela não aguentou a pressão de mais um corte de recursos para o Censo Demográfico no orçamento desse ano, que inviabiliza completamente a realização da pesquisa, mas, por outro lado, amplia os empenhos às Forças Armadas e às emendas parlamentares, no esforço fiscalista da gestão de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.

 

O Brasil terá, sem sombra de dúvidas, um apagão estatístico que trará consequências nefastas, nunca antes vistas na nossa história, em especial na elaboração de políticas públicas. Se algo não for feito de imediato para que haja a recomposição de recursos para o Censo, mergulharemos em um poço sem fundo com repercussões catastróficas, justamente em meio a uma pandemia.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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