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Editorial – 30.11.2021

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O Brasil enfrenta nesses últimos praticamente três anos um dos momentos mais difíceis desde sua suposta retomada democrática, em 1985, essa democracia burguesa que nos governa, porque aliada aos interesses do capital hegemônicos, há a ignorância, o negacionismo, o horror provocado pelo presidente Jair Bolsonaro.

 

Amanhã daremos início ao último mês de 2021 sob a ameaça de uma nova onda de infecções pela Covid-19 no mundo, algo desprezado pelo ex-capitão, mas, ao mesmo tempo, é o último mês antes do ano eleitoral, onde se renova a esperança por dias melhores, ainda que estejamos muito, muito longe de um futuro ideal para o povo brasileiro da base da pirâmide.

 

De toda forma, eu quero fazer a leitura de mais uma boa coluna da jornalista Cristina Serra, publicada hoje (30), no jornal Folha de S. Paulo, onde ela fala sobre o presente no nosso país e também a respeito do desgaste do chefe do Executivo. O título do texto é “Bolsonaro em necrose eleitoral”. A Cristina diz o seguinte:

 

O mundo se apavora diante do recrudescimento da pandemia na Europa e do surgimento de outra variante do vírus, identificada na África do Sul, país castigado pela escassez de vacinas, como quase todo o continente. A ômicron já se espalha pelo planeta, agravando temores e incertezas.

 

E o que faz Bolsonaro? Dá de ombros e diz que temos de “aprender a conviver com o vírus”. É uma nova cepa do palavreado hostil de sempre, o “E daí? Quer que eu faça o quê?”. Ele também menospreza medidas simples e eficazes de controle, como a exigência do passaporte da vacina para os viajantes. Estende o tapete vermelho para a peste.

 

É verdade que temos feito um esforço para “conviver” com o vírus, mas não no sentido do mau conselho de Bolsonaro, para quem tanto faz que ainda esteja caindo um Boeing por dia no Brasil. Apesar dele, aprendemos a sobreviver ao vírus com vacina e máscara, cuidando da gente e dos outros. Se a situação de hoje nos permite o mínimo de normalidade, essa é uma vitória da sociedade e do SUS, na mesma medida em que é uma derrota do genocida.

 

“Aprender a conviver” com o ser que infecta o Planalto, porém, é impossível, incluindo no pacote sua tropa de assalto: Lira e Pacheco com o butim do orçamento secreto, Aras e sua embromação de jurista mequetrefe, a Faria Lima espumando para esquartejar o Estado enquanto brasileiros buscam o que comer no lixo.

 

Graças a eles, Bolsonaro ainda tem um ano para nos atazanar e decompor a democracia, com tentativas afrontosas de interferir no Judiciário.

 

Por pior que seja aturar tudo isso, a contagem regressiva já começou. As pesquisas indicam que Bolsonaro está em processo de necrose eleitoral. A propósito, é muito simbólica a fotografia que mostra uma escultura do presidente no chão de um depósito do Detran, em Passo Fundo (RS). Consta que foi instalada no centro da cidade no furor do 7 de setembro golpista, gerou protestos e sumiu. Reaparece agora como sucata. É como diz o ditado: uma imagem vale mais que mil palavras”.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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