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Eletrobras é condenada a indenizar servidor por ofensas do presidente

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A Justiça do Rio de Janeiro condenou a Eletrobras em primeira instância a pagar indenização por danos morais coletivos por acusações infundadas e ofensas feitas pelo presidente Wilson Pinto Ferreira Junior aos trabalhadores da estatal.

 

A ação foi movida pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ). O episódio que resultou no processo aconteceu durante uma reunião com sindicalistas, em junho de 2017, durante a discussão do plano de reestruturação que previa redução de horas extras, custos administrativos, entre outros temas.

 

O mandatário da estatal foi gravado chamando os profissionais de “vagabundos”, “inúteis” e “safados”. Wilson Junior já havia sido condenado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República pelo comportamento inapropriado.

 

O engenheiro civil de Furnas e diretor do Senge-RJ Felipe Araújo comemorou o veredicto da juíza do Trabalho Gabriela Canellas Cavalcanti e atacou as atitudes do presidente da estatal, que segue no cargo no governo de Jair Bolsonaro.

 

“Já tínhamos logrado êxito na Comissão de Ética Pública e, agora, mais uma vitória em relação a isso, mais um reconhecimento da Justiça de que, de fato, esse atual presidente se comportou de forma completamente inadequada. Um presidente que fala contra a sua própria força de trabalho não é um presidente que preza pela empresa, formada por trabalhadores”, disse

 

“O presidente de uma empresa, seja de que natureza for, deve prezar pelo desenvolvimento, pela melhoria dos negócios e por alcançar os objetivos que essa empresa se destina, e não atuar como um defensor, marqueteiro de um entendimento ou outro de governo, principalmente de uma empresa estatal, que deve ser de Estado e não de governo”, prosseguiu o dirigente

 

Apesar da decisão judicial, o Senge-RJ deve recorrer da sentença buscando uma reparação financeira maior para os profissionais. A atitude do líder da estatal, para Araújo, apenas reflete a intenção do Governo Federal em desmontar a estrutura da Eletrobras e facilitar sua privatização, já anunciada pelo Palácio do Planalto.

 

“Pode-se ver nesses últimos anos com os planos de demissão voluntária. Se de fato o interesse fosse de renovação do quadro ou alguma coisa nesse sentido, já teria se instituído um plano de demissão permanente, como é o caso, por exemplo, de Itaipu Binacional. Como empresa do próprio grupo, poderia ter sido utilizada como case para expandir ao resto. O interesse é fazer cortes e mais cortes para poder entregar uma empresa mais enxuta e livre de amarras”, finalizou o engenheiro.

 

Ouça a entrevista de Felipe Araújo:

 

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