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“Erro do governo foi começar por reforma da Previdência”, diz Mineiro

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O Palácio do Planalto parece estar encontrando mais dificuldades em prosseguir com a proposta de reforma da Previdência no Congresso do que esperava. A resistência de boa parte dos parlamentares com o texto da PEC e a atuação dos opositores declarados com embargos regimentais vem postergando a tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

 

A intenção de Jair Bolsonaro em aprovar a matéria como prioridade pode justamente ser a principal falha da atual gestão federal. Na avaliação do economista Adhemar Mineiro, existe um embate natural entre as posturas indicadas pelo presidente da República e o funcionamento orgânico das Casas Legislativas.

 

“O Congresso está acostumado a operar com trocas em função de aprovar o que o Executivo demanda e o novo governo vem em processo de aprendizado desse funcionamento, até agora dizendo que não vai se dobrar a esse modo mais tradicional. Há uma medição de forças no Congresso a respeito de como as coisas vão funcionar, se será no velho estilo ou o que vai substituir”, relatou.

 

“A reforma da previdência é um teste e talvez o erro do governo tenha sido começar por aí, sua principal reforma que depende do Congresso como elemento de teste de como vai funcionar isso nos próximos quatro anos”, continuou o economista.

 

Após mais uma sessão tumultuada ontem (17), os deputados entraram em acordo e resolveram deixar a votação do relatório final da CCJ para a próxima semana. O pedido foi feito pelo próprio relator, delegado Marcelo Freitas (PSL-MG).

 

Ainda que conteste a tática utilizada pela equipe econômica de Paulo Guedes, Mineiro não tem dúvidas quanto ao interesse do grande capital em realizar a reforma da Previdência, uma das promessas do então candidato Jair Bolsonaro.

 

“Do ponto de vista do mérito do que está sendo votado, esse Congresso mais de uma vez já sinalizou que pode fazer essa aprovação. Existe um compromisso durante a campanha com os setores financeiros em tocar essa reforma. A prioridade da reforma da previdência expressa esse acordo, ou seja, não tentar avançar significa jogar fora esse acordo com tudo o que isso pode significar do ponto de perder esse compromisso do setor financeiro”, citou o economista.

 

Ouça a entrevista de Adhemar Mineiro:

 

 

Entrevista em 18.04.2019

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