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FNP fortalece movimento grevista e deve paralisar atividades no país

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Iniciada no último sábado (01), a greve dos trabalhadores dos sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) deve ganhar um importante reforço nos próximos dias. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vem realizando assembleias em suas bases e deve anunciar em breve a adesão ao movimento.

 

A declaração foi feita pelo dirigente do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e membro da FNP Eduardo Henrique, que ressaltou a defesa do emprego dos profissionais da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná, após o anunciado fechamento da planta, e do Acordo Coletivo de Trabalho acertado com a Petrobras no final do ano passado.

 

“A gente está apoiando não só os companheiros da Fafen, como apontando a necessidade de expandir e fortalecer essa greve. A gente já tinha, uns 15 dias atrás, construído um calendário de lutas em que a pauta era justamente de descumprimento do acordo coletivo por parte da Petrobras, as ameaças de demissão, o fechamento das unidades, a questão do banco de horas, a PLR (participação nos lucros), toda uma pauta de ataques que a Petrobras apontou”, disse.

 

“Desde o ano passado, a Petrobras tentou impor uma agenda, um calendário, uma série de itens previstos no acordo assinado e não quis negociar, tem um RH bastante inábil, para dizer o mínimo. Rompeu naturalmente as negociações e promoveu uma série de ataques principalmente ao pessoal das refinarias, dos setores operacionais. Ao mesmo tempo, houve essa questão da Fafen e a chamada greve nacional pela FUP”, prosseguiu

 

A mobilização dos funcionários da estatal vem crescendo a cada dia. Mais de 30 unidades já aderiram à paralisação em 12 estados brasileiros. Na Bacia de Campos, por exemplo, os trabalhadores estão entregando a produção das plataformas para as equipes de contingência da Petrobras, recusando-se a fazer a substituição dos grupos que estão embarcados.

 

“É uma greve forte, que está se expandindo. Hoje entraram também as plataformas e, ao mesmo tempo, a gente, que já tinha organizado essa jornada de lutas, acelerou nosso calendário e estamos realizando assembleias para nos incorporarmos à greve. Nossa postura é unificar, expandir e fortalecer a greve. Temos de cumprir o prazo legal, mas estão sendo realizadas mobilizações e atos para fortalecer o movimento”, declarou o petroleiro ligado à FNP.

 

O dirigente do Sindipetro-RJ prestou solidariedade à Comissão de Negociação Permanente da FUP, que ocupa uma sala de reunião no edifício sede da estatal, o Edise, no Centro do Rio, em relação à tentativa da diretoria da Petrobras de impedir a chegada de água e alimentos ao grupo.

 

Além disso, Henrique citou a necessidade de a sociedade civil respaldar a paralisação dos petroleiros e iniciar um movimento que alcance outros setores profissionais, unificando a luta por direitos.

 

“Vários partidos e centrais sindicais já manifestaram apoio à greve, ontem a gente esteve inclusive no ato na Casa da Moeda, uma manifestação onde fecharam a [Rodovia] Rio-Santos. É necessário fazer essa articulação e fortalecer o movimento, mas também no estado do Rio de Janeiro com a crise na saúde, que foi bastante expressa esse final de semana, a questão da água, a gente já tem apontado a construção de um calendário de mobilização com uma data para acelerar esse processo”, afirmou.

 

Ouça a entrevista de Eduardo Henrique:

 

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