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Fora, Bolsonaro!

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Por Cid Benjamin*

 

Olá, amigos do Faixa Livre. O país vive uma situação de absoluta emergência. Todos que viram o presidente Jair Bolsonaro falando ontem, em rede nacional, certamente ficaram assustados. Ele não parecia uma pessoa no domínio das suas faculdades mentais, não sei se estava drogado. Loucos existem em todos os lugares, agora loucos dirigindo um país de 200 milhões de habitantes passa a ser uma coisa muito mais complicada. O Bolsonaro nos fez pensar que estávamos em um avião, em uma turbulência, e o piloto estava bêbado, ou em um barco em uma situação difícil e o piloto também fora de si.

 

É verdade que impeachment, que é a forma legal, imediata mais conhecida para se afastar um governante que não pode mais exercer suas funções, exige o Congresso funcionando e exige, inclusive, possibilidade de pressão, de manifestações, de gente na rua etc., e não podemos agora ter gente na rua, não podemos ter pressão de massa e o Congresso não está funcionando à plenitude, e depois o impeachment é um processo longo, é algo difícil, não sei qual é a forma que pode ser usada. Há outras possibilidades, há problemas de interdição do presidente por falta de suas faculdades mentais, não sei bem o que é, mas é preciso afastar o Bolsonaro.

 

Ele não tem o direito de afundar o país desse jeito. Já é complicado em uma crise como essa você ter um governante de extrema-direita porque o pessoal de extrema-direita é muito menos sensível, muito menos preocupado com as camadas mais pobres, exploradas da população. Assim, as medidas que tomaria um governante de extrema-direita dificilmente estariam voltadas para atender os mais pobres, que serão os mais afetados nessa crise do coronavírus.

 

Agora, o problema do Bolsonaro vai além disso. Além de só pensar nos lucros, na economia e estar se lixando para a vida das pessoas, ele parece estar louco. Ele não tem condições mentais mínimas para dirigir o país, de maneira que é preciso colocá-lo para fora. Não sei quais são as formas possíveis e quais seriam postas em prática, agora efetivamente o Bolsonaro não pode continuar na Presidência do país. Essa é uma posição minha, sou vice-presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), mas a ABI não tirou essa posição, embora haja uma concordância geral com essa linha de raciocínio. Não estou dizendo isso em nome da ABI, estou dizendo em meu nome, Cid Benjamin, que considera que o Bolsonaro não pode continuar dirigindo o país.

 

Ele está louco, está levando o país para um buraco ainda maior do que o das dificuldades que naturalmente teríamos por conta desse coronavírus, de forma que é preciso buscar uma solução. Não tenho aqui uma proposta imediata, mas a solução é que ele tem de ser afastado, não pode continuar à frente do país, é questão de salvação nacional. Depois quando tiverem morrido centenas de milhares de pessoas por culpa dele, que não quis tomar as providências necessárias e desestimulou todo o comportamento que é recomendado pelas organizações de saúde mundialmente, não se sabe se ele está ou não contaminado, se recusa a mostrar o exame que fez e na comitiva dele aos Estados Unidos há 20 e tantas pessoas já contaminadas. É provável que esteja contaminado e, para fazer uma pose de machão, não divulga o resultado do seu exame.

 

Ele está brincando com o país e não se pode brincar com pessoas, muito menos como um país que tem mais de 200 milhões de habitantes, de forma que termino essa intervenção ao Faixa Livre com uma frase que tem de ser dita a cada dia, cada vez mais por todos os brasileiros: fora, Bolsonaro!

 

* Cid Benjamin é jornalista e vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

 

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