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FUP comemora suspensão de demissões, mas deve manter greve

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A greve dos trabalhadores da Petrobras, iniciada no início do mês, começa a dar seus primeiros resultados. O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) suspendeu as demissões dos trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR) até o dia 6 de março.

 

A decisão da desembargadora Rosalie Batista atende parcialmente a uma das principais reivindicações dos petroleiros e foi tomada após audiência uma audiência de conciliação na última terça-feira (18).

 

Desde o dia 1º em mobilização com outros quatro trabalhadores em uma sala na sede da estatal, no Rio de Janeiro, o secretário de Assuntos Jurídicos e Institucionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Deyvid Bacelar comemorou o veredito, ainda que temporário, da juíza. Os representantes da entidade se reuniram nesta manhã para definir os próximos passos do movimento grevista,

 

“Estamos prestes a iniciar uma reunião do Conselho Deliberativo da FUP, que reúne a direção da federação e mais seus 13 Sindipetros filiados, para debater a decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, que foi favorável, sem dúvida alguma, fruto da luta da categoria. A partir dessa decisão sob liminar da desembargadora do TRT, conseguimos um dos itens da nossa pauta. Apesar de ter sido sob a tutela da Justiça, nós conseguimos estabelecer esse canal de negociação”, analisou

 

“Existem outros temas também pendentes referentes a medidas unilaterais e arbitrárias que foram impostas pela gestão da empresa, que ainda precisamos resolver para que tenhamos uma decisão de suspensão da greve a partir, obviamente, das assembleias que deverão ser feitas junto com a categoria petroleira. Diferente de alguns ministros do TST e do STF, nós não tomamos decisões individuais, nossas decisões são democráticas e participativas”, ironizou o representante da federação.

 

Os dirigentes dos sindicatos que compõem a FUP, demais petroleiros e representantes da sociedade civil estiveram ontem em uma manifestação no Centro do Rio que contou com a participação de milhares de pessoas contra o processo de desmonte que a Petrobras vem atravessando.

 

A determinação da desembargadora do TRT-PR não deve ser suficiente para encerrar a paralisação dos trabalhadores da companhia, que chega hoje ao 19º dia e mobiliza mais de 21 mil profissionais em 121 unidades.

 

“Ainda aguardamos algumas movimentações. Estamos com uma brigada petroleira da FUP em Brasília desde a semana passada, onde estamos buscando outros interlocutores para abrirem canais de negociação. Temos conversado com parlamentares, tivemos uma reunião com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, do Senado Davi Alcolumbre, e eles se colocaram à disposição para tentar algum canal”, disse Deyvid.

 

O diálogo da categoria tem se dado com políticos dos partidos de oposição ao governo, como PT, PSB, PCdoB e PSOL, além de membros do Judiciário, já que as reivindicações dos petroleiros vão além do episódio da Fafen.

 

“São outros temas, mais relacionados a questões principalmente de saúde e segurança do trabalhador, a exemplo da jornada de trabalho, das escalas de turno que são aplicadas em unidades operacionais. É interessante que disseram que não tínhamos uma pauta justificável para uma greve porque a Justiça do Trabalho sempre relaciona a pauta da greve a alguma questão do Acordo Coletivo de Trabalho ou à legislação trabalhista. Pelo menos conseguimos comprovar que o nosso ACT trata das demissões em massa, que não devem ser feitas à revelia da lei”, finalizou o petroleiro.

 

Ouça a íntegra da entrevista de Deyvid Bacelar:

 

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