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FUP considera “grave” decisão de Dias Toffoli que inviabiliza greve

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A greve dos petroleiros, iniciada no dia 1º de fevereiro, corre risco de ser encerrada sem negociações com a Petrobras. Uma decisão monocrática do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, ontem (12), manteve os efeitos de uma medida cautelar do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra determinando que 90% dos profissionais continuem trabalhando durante a paralisação.

 

Vale lembrar que a deliberação do titular do TST foi revista dias depois pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do próprio tribunal, mantendo a mobilização dos trabalhadores dos sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP).

 

Integrante da Comissão Permanente de Negociações que ocupa uma sala de reuniões no quarto andar do edifício sede da estatal (Edise), no Rio, o secretário geral da FUP Deyvid Bacelar mostrou-se surpreso com a iniciativa do ministro do Supremo.

 

“É uma situação grave porque, apesar deste acórdão de um foro colegiado do TST, o ministro Dias Toffoli, por conta de uma ação cautelar do jurídico da Petrobras, decidiu monocraticamente, não é uma decisão coletiva do Supremo Tribunal Federal, que não vale o parecer do colegiado e esse colegiado não pode se sobrepor à decisão monocromática de um ministro do TST. É algo gravíssimo, isso nunca aconteceu na história do Brasil, nem mesmo nos tempos sombrios da ditadura civil-militar”, lamentou.

 

Apesar das críticas ao veredito do presidente do STF, o dirigente sindical ressaltou que os trabalhadores vão voltar aos seus postos para cumprimento da decisão. Entretanto, a equipe jurídica da FUP tentará reverter a medida, citando um possível equívoco do ministro.

 

“Primeiramente nós iremos cumprir o rito. Iremos solicitar a reconsideração da decisão do ministro Dias Toffoli, tendo em vista que ele decide a respeito da greve do ano passado e faz com que essa decisão reflita na greve desse ano. Estamos entendendo ainda que ele foi induzido ao erro pelo jurídico da Petrobrás. Caso ele não reconsidere sua decisão, óbvio que iremos recorrer a um foro coletivo, apelando para o bom senso e para a defesa da Constituição Federal brasileira, que deve ser o papel da Suprema Corte”, disse.

 

Na tentativa de mostrar resistência do movimento grevista e dos trabalhadores contra o desmonte da Petrobras e as demissões na Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados (Fafen), no Paraná, entidades sindicais realizam nesta quinta-feira (13) uma passeata em apoio aos petroleiros.

 

“É hora da população, da classe trabalhadora, daqueles que fazem parte da sociedade brasileira de alguma maneira se juntarem a nós. Faremos uma grande passeata em defesa das nossas riquezas, do emprego, da soberania do Brasil, em defesa do nosso país”, convocou o membro da FUP.

 

A concentração se dará a partir das 16h, na Candelária, Centro do Rio. De lá, a mobilização vai se dirigir até a Cinelândia, região próxima à sede da Petrobras.

 

Ouça a entrevista de Deyvid Bacelar:

 

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