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FUP indica suspensão temporária de greve para negociação em Brasília

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As iniciativas da Justiça do Trabalho nos últimos dias motivaram os sindicatos que fazem parte da Federação Única dos Petroleiros (FUP) a indicarem a suspensão temporária da greve da categoria para negociação das reivindicações com a direção da Petrobras.

 

A decisão foi tomada ontem (19) após reunião das direções sindicais de todo país no Conselho Deliberativo da FUP. A intenção é permitir que a Comissão Permanente de Negociação participe de uma mediação com os dirigentes da estatal no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, que contará também com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), nesta sexta-feira (21).

 

As assembleias de trabalhadores serão realizadas hoje, até as 15h, para ratificar a indicação das entidades representativas. O secretário de Assuntos Jurídicos e Institucionais da FUP Deyvid Bacelar confirmou que a decisão pela interrupção do movimento se dará pelo voto democrático

 

“Ontem passamos o dia inteiro reunidos, agora em contato direto com os demais companheiros e companheiras que estão no Conselho Deliberativo da FUP, com os 13 sindicatos filiados durante todo dia, fizemos um amplo debate, bastante participativo, a partir principalmente de impressões dessas bases dos nossos sindicatos e, ao final da reunião, a decisão tomada foi de levarmos para a apreciação da categoria em assembleias, sabendo que elas sempre são soberanas, esse indicativo de suspensão provisória da greve por conta dessa reunião de mediação”, relatou.

 

Em mobilização há 20 dias, os petroleiros reivindicam que a Petrobras reverta as demissões dos trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná, já que não houve negociação da medida com os sindicatos, conforme prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado no final do ano passado. A desembargadora do TST-PR Rosalie Batista suspendeu as dispensas até o dia 6 de março, quando nova audiência será realizada.

 

Além disso, a categoria tenta evitar o processo de desmonte da estatal, iniciado no governo de Michel Temer e acelerado na gestão de Jair Bolsonaro. Caso não haja entendimento com a cúpula da companhia, os petroleiros garantem que retomarão a paralisação em todo o país, que já alcança mais de 21 mil trabalhadores.

 

“A Comissão Permanente de Negociação estará indo para estabelecer esse canal de negociação junto à gestão da empresa, mesmo com a mediação do ministro Ives Gandra. Entendemos que há um papel institucional do Tribunal Superior do Trabalho a ser cumprido e esperamos que essa mediação tenha bons resultados, algum tipo de avanço, até porque se não houver qualquer avanço, já há sinalização do nosso indicativo de retomada dessa greve em uma data a ser definida pela FUP e pelos sindicatos”, garantiu o dirigente.

 

Ouça a entrevista de Deyvid Bacelar:

 

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