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Girota critica ‘fuga’ de ex-presidente da Cedae de audiência: “Vergonha”

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A presença do ex-presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) Hélio Cabral em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), ontem (11), sobre a crise da água foi digna de sua passagem pelo comando da empresa.

 

Demitido pelo governador Wilson Witzel na última segunda-feira (10), Cabral deixou às pressas o plenário da Casa Legislativa sem responder uma pergunta sequer dos parlamentares. Ao invés disso, ele fez um rápido pronunciamento agradecendo a confiança depositada pelo chefe do Executivo do Rio e disse não se sentir “confortável” para a audiência, indicando seu sucessor, Renato Lima Espírito Santo, para dar explicações.

 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos de Niterói (Stipdaenit) Ary Girota lamentou a postura do ex-presidente da companhia e pontuou sua participação relâmpago na reunião.

 

“Essa audiência só serviu para provar para a população do Rio de Janeiro que a escolha do governo Witzel pelo senhor Hélio Cabral foi totalmente equivocada. Ele fez uma exposição de alguns slides, pendências da Cedae que ele já devia ter dado conta de resolver, afinal foi diretor da empresa por quatro anos, quis colocar a culpa nos trabalhadores pelos problemas vividos pela Cedae, tentando se eximir de todas as responsabilidades por conta da geosmina. Uma vergonha, ele saiu corrido da Alerj”, explicou.

 

Os sindicatos ligados ao saneamento básico realizaram mais cedo uma manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado, contra o processo de desmonte e privatização da Cedae, afetando o fornecimento de água à maioria da população do Rio de Janeiro.

 

De acordo com o modelo proposto pelo BNDES com a anuência do governador, a venda de ativos da companhia se daria de forma dividida, com o serviço de distribuição de água, setor mais lucrativo, repassado para as empresas privadas. O estado continuaria responsável pela captação e tratamento do efluente.

 

“A distribuição de água é que nos dá, por exemplo, condições de fazer subsídio cruzado, proporcionar tarifas mais acessíveis à população e serviços aos municípios que não têm condições de se autosustentar. É importantíssimo que a Cedae continue com a distribuição, e já que os empresários brasileiros querem atender nossa sociedade com saneamento, por que não ajudam o estado atuando na parte mais dificultosa, que é o esgotamento sanitário, para a realização de obras e implantação de redes, de estação de tratamento de esgoto para melhorar a qualidade dos efluentes?”, questionou o sindicalista.

 

Ouça a entrevista de Ary Girota:

 

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