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Maringoni: “Perda de empregos preocupa pessoas, não Bolsonaro”

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A retórica da oposição que prega a saída de Jair Bolsonaro da Presidência da República por conta dos malfeitos promovidos no cargo máximo do país, como a deterioração do emprego e a entrega das nossas empresas estatais, apesar de legítima, não alcança a maioria da população brasileira.

 

O diagnóstico foi feito pelo professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC Gilberto Maringoni. Ele lembrou que o temor dos trabalhadores no país não se dá por ideologias ou pessoas, mas pela manutenção ou não de seus postos no mercado.

 

“Não adianta a gente ficar pregando o ‘fora, Bolsonaro’ se o que preocupa as pessoas não é o Bolsonaro em si. As pessoas estão desesperadas com a perda do emprego. Cada família brasileira tem uma ou duas pessoas sem dinheiro, estamos agora com o aumento da carne, com a demolição dos serviços sociais como o SUS, as pessoas estão sem assistência nenhuma. Está se gerando uma tensão social no emprego, no salário, na saúde, na educação com esse Weintraub, que não tem a menor ideia do que é educação”, alertou.

 

Nos últimos dias, chamou atenção de alguns analistas a iniciativa do Executivo e do Legislativo em desacelerar as medidas de retirada de direitos como a reforma tributária e a proposta de corte dos vencimentos de servidores públicos junto à diminuição da jornada de trabalho.

 

Na avaliação de especialistas, há o temor do Governo Federal de que as manifestações que ocorrem em diversos países da América Latina contra o caráter liberal das administrações cheguem ao Brasil e tomem conta das ruas.

 

“O Bolsonaro deu uma brecada na PEC e na MP porque elas não passam, já há sinais claros de que elas não vão passar. O Guedes ajudou a fazer uma provocação estapafúrdia há quatro dias com aquela entrevista falando da possibilidade de um AI-5 e provocou uma contraposição no Senado e na Câmara porque mesmo os partidos de direita tradicional como o DEM, boa parte do PSDB são contra o endurecimento do regime”, comentou.

 

“Tem coisas que o Bolsonaro o bolsonarismo botam o pé na porta para ver se cola. Outra coisa, o Brasil já viveu uma onda de protestos contra o neoliberalismo entre 2013 e 2016. Ela foi capturada pela direita. Em 2013, foi uma disputa, começou com uma manifestação legítima contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trem. A esquerda foi para as ruas, a base daquele movimento era progressista e antiliberal. Em 2015 já era a direita dando o golpe, mas era um movimento contra a queda da qualidade de vida, com as pessoas furiosas com o tarifasso que a Dilma impôs em 2015. Então a gente vive uma ressaca daquela movimentação”, continuou.

 

Ouça a entrevista de Gilberto Maringoni:

 

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