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“Petrobras quer cargos estratégicos fora de sindicatos”, acusa Sindipetro

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O clima de perseguição implantado pela nova diretoria da Petrobras a funcionários que sejam associados a sindicatos da categoria se intensifica a cada dia nos corredores da empresa.

 

Após a cassação de duas consultoras da companhia, diretoras do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, de seus cargos, o Sindipetro-RJ acusa a gestão de Roberto Castello Branco de retirar de funções importantes profissionais sindicalizados.

 

“Há uma orientação que ainda não foi assumida pela empresa dizendo que todos os trabalhadores em funções estratégicas não podem ser sindicalizados. Ainda não colocaram no papel, não falaram claramente, mas sabemos que existe essa pressão. Alguns gerentes sindicalizados estão começando a se desassociar, queremos uma solução para isso”, apontou Eduardo Henrique, diretor do Sindipetro-RJ.

 

A entidade está promovendo um abaixo-assinado contra a retaliação a Patrícia Laier e Carla Marinho dos cargos de consultoria, e Moara Zanetti, alocada no setor de Gestão de Pessoas, mas agora pressionada pela petroleira por uma suposta ‘incompatibilidade’ na função.

 

“Tivemos uma reunião com o RH essa semana, que agora se chama Gestão de Pessoas, e definiram que isso faz parte de uma nova política da Petrobras de ajustar as relações com os trabalhadores. Queremos entender o que uma coisa tem a ver com a outra, mas a Carla e a Patrícia foram revalidadas como consultoras pelo processo normal em dezembro, não é um cargo permanente. A outra companheira do RH [Moara Zanetti] está efetivamente sem trabalho, tiraram ela dos projetos que estava desenvolvendo”, ressaltou Eduardo.

 

O dirigente do Sindipetro-RJ acredita que a iniciativa da nova diretoria da Petrobras faz parte da estratégia para facilitar a privatização da empresa, diminuindo o poder de persuasão dos profissionais sindicalizados em funções de chefia.

 

“O gerente executivo de Gestão de Pessoas não é um quadro da Petrobras. Pela primeira vez convidaram um executivo para esse cargo. Na minha visão é claro que o objetivo é preparar o caminho, atacar os trabalhadores, fragilizar a mobilização para poder aplicar o plano de venda de ativos, de refinarias, inclusive olhando nosso acordo coletivo que será em setembro. Já estão preparando para ver se o sindicato reage. Justamente agora que é hora de sindicalizar mais ainda, vamos todos de braços dados para enfrentar essa situação”, ponderou.

 

Ouça a entrevista na íntegra de Eduardo Henrique:

 

 

Entrevista em 20.02.2019

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