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“Policial é trabalhador”, explica Cyro sobre apoio do PSTU a greve no CE

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A paralisação de parte dos policiais e bombeiros no Ceará, reivindicando reajustes salariais e melhores condições de trabalho, vem provocando reações. Uma das mais extremadas foi a do senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE), que tentou encerrar um motim com uma retroescavadeira em um batalhão da Polícia Militar na cidade de Sobral e acabou baleado.

 

O parlamentar foi encaminhado ao hospital e não corre risco de morte. Para surpresa de muitos, o diretório do PSTU no estado divulgou uma nota, antes do episódio com o senador, apoiando o movimento grevista e criticando o governador Camilo Santana (PT) por não oferecer uma proposta ‘decente’ aos militares.

 

As contestações ao posicionamento da legenda se multiplicaram, com alegações de que grupos paramilitares estariam liderando o movimento grevista. O dirigente do partido Cyro Garcia explicou a posição dos correligionários cearenses e ressaltou que policiais e bombeiros têm os mesmos direitos de reivindicação que os profissionais de outros setores da sociedade.

 

“Primeiro a gente parte de um entendimento de que o policial é um trabalhador, um servidor público, seu salário é pago pelo contribuinte através dos impostos e que, como todo o trabalhador, tem direito a um salário digno. A luta por salário digno é uma luta que apoiamos de qualquer categoria profissional. Sabemos que a polícia é uma área sensível, mas temos experiência prática aqui no Rio de Janeiro, quando houve a greve dos bombeiros, que em determinado momento a Polícia Militar tentou se incorporar ao movimento para fazer uma luta unificada”, disse

 

“Os milicianos não participam disso porque eles têm seus esquemas para ganhar dinheiro. Eles extorquem, há todo um Estado paralelo criminoso que os dá lucros exorbitantes como acontece aqui no Rio de Janeiro, como era com a milícia desse [capitão] Adriano, essas pessoas não estão muito preocupados com a luta. A parcela que vai para as ruas se mobilizar e, às vezes, até de uma maneira radicalizada, se equivocando porque acabam, inclusive, se colocando contra a população, em geral é de pessoas dissociadas dessa ação de milícias”, continuou o membro do PSTU.

 

Atendendo a um apelo de Camilo Santana, o Governo Federal anunciou o envio da Força Nacional de Segurança para o estado. Os militares chegam nesta quinta-feira (20) e começam a patrulhar as ruas das cidades do Ceará até que o impasse seja solucionado

 

A defesa do partido aos policiais e bombeiros passa pela desmilitarização das forças de segurança e valorização salarial, mas Cyro fez questão de ressaltar o combate a modalidades de manifestação que coloquem em risco a integridade física da população

 

“São trabalhadores, muitos já no desespero, sentindo a falta de apoio e de reconhecimento em uma atividade de alto risco, ainda mais em uma situação de crise como vivemos no nosso país. Em todas as grandes cidades a questão de segurança é muito sensível e, no entanto, os governos de plantão, quer seja o Federal, quer sejam os governos estaduais, inclusive os de oposição, como é o caso do Ceará, não dão a mínima para as reivindicações desses trabalhadores. Deixamos claramente o nosso apoio, mas fazemos uma separação porque uma coisa é apoiar reivindicação e outra é apoiar métodos de luta que sejam equivocados, são coisas completamente diferentes”, destacou.

 

“Não estamos endossando essa questão de motim, atingir o comércio, há coisas que são erradas e têm de ser criticadas, mas até para criticar você tem de estabelecer uma base de diálogo, uma ponte e este tem sido nosso objetivo”, encerrou o dirigente.

 

Ouça a íntegra da entrevista de Cyro Garcia:

 

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