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Por coronavírus, Cid cita chance para afastamento de Jair Bolsonaro

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As atitudes de Jair Bolsonaro, constantemente criticadas pela opinião pública no país, atingiram um nível alarmante na última segunda-feira (16). Questionado sobre a situação da pandemia de coronavírus, o presidente afirmou que ‘está havendo um superdimensionamento’ e falou em ‘histeria’, dizendo que não ficará preso em casa.

 

Com isolamento recomendado pelas autoridades de saúde por ter tido contato com pessoas diagnosticadas com a Covid-19, o ex-capitão do Exército descumpriu os pedidos e esteve nas manifestações de rua contra o Congresso e o Supremo no domingo (15). Além de participar do ato, o mandatário cumprimentou simpatizantes com abraços e apertos de mão.

 

O chefe de Estado chegou a dizer ‘se fui contaminado, o problema é meu’, tendo a postura contestada pela própria OMS. O jornalista e vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) Cid Benjamin lamentou o comportamento do presidente e comentou uma declaração do jurista Miguel Reale Jr., que sugeriu a instituição de uma junta médica para ‘avaliar a sanidade mental de Bolsonaro’.

 

“Não sei se precisa de um exame, mas era bom refletir se as faculdades mentais dele estão em perfeito estado porque ele não só é reacionário, entreguista, capacho dos Estados Unidos, ataca os direitos dos trabalhadores de forma insana, mas também dá mostras de desequilíbrio mental. O que está em jogo é a saúde pública. São declarações absolutamente perigosas”, considerou.

 

A presença do mandatário nos protestos que pediram o fechamento do Legislativo e do Judiciário e o estabelecimento de dispositivos da época da ditadura, como o Ato Institucional nº5 (AI-5), atentando a Constituição, foi alvo de desaprovação do presidente da Câmara Rodrigo Maia e de outras entidades historicamente comprometidas com a democracia no país, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

Cid destacou que, apesar de contrário ao instrumento do impeachment – ele prefere um referendo revogatório -, a possibilidade de saída do cargo do presidente pelas atitudes em relação ao coronavírus, somadas a situações anteriores, começa a ganhar força.

 

“Embora eu adorasse ver Bolsonaro pelas costas, para que um pedido de impeachment ganhasse corpo e tivesse viabilidade há duas questões que precisariam ser cumpridas, um amplo apoio da opinião pública e uma maioria clara no Congresso, coisa inclusive que é conseguida com amplo apoio da opinião pública”, disse.

 

“A partir do comportamento do Bolsonaro nessa questão do coronavírus, me pergunto se essas condições não começam a se criar porque temos um louco desvairado na Presidência da República em um momento de grave crise. Com coronavírus, a questão do afastamento pode entrar na ordem do dia”, concluiu o jornalista.

 

Ouça a íntegra da entrevista de Cid Benjamin:

 

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