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“Reforma da Previdência significa fim da aposentadoria”, afirma Cyro

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A proposta de reforma da Previdência elaborada pela equipe econômica do governo será apresentada ao país nesta quarta-feira (20), quando o presidente Jair Bolsonaro levará pessoalmente o texto ao Congresso Nacional.

 

Na opinião de alguns especialistas, o documento, ainda que desconhecido na sua integralidade, ameaça a aposentadoria das parcelas mais humildes da população brasileira. Dirigentes das centrais sindicais têm a mesma avaliação, tanto que promoverão atos pelo país contra a reforma na data do seu anúncio.

 

O ex-candidato ao Senado pelo PSTU e dirigente da CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular – Cyro Garcia indicou que o principal evento se realizará na capital paulista.

 

“Amanhã o grande ato será em São Paulo, vai se realizar uma assembleia nacional da classe trabalhadora. É o entendimento das direções nacionais de todas as centrais. Do Rio de Janeiro, por exemplo, hoje à noite vão sair dois ônibus de companheiros que estão indo para engrossar esse ato. Haverá algumas manifestações nos estados no sentido de marcar a data, mas o centro da mobilização será em São Paulo. Estamos querendo colocar alguns milhares de trabalhadores lá”, afirmou.

 

A realização do ato vem sendo divulgada há alguns dias, entretanto sua organização contou com algumas desavenças entre as entidades. Uma delas diz respeito à nomenclatura que seria dada ao encontro.

 

“Dentro das centrais sindicais, lamentavelmente para a classe trabalhadora, existem diferenças. Para sair essa assembleia nacional já foi uma dificuldade e saiu com algumas limitações. Primeiro ela é uma assembleia nacional sindical, e toda hora se usa o termo popular, achamos que essa assembleia teria de ser uma assembleia sindical popular. Outros setores do movimento popular tinham de estar engrossando essa manifestação e aqui no Rio de Janeiro estamos trabalhando com esse objetivo. Nos dois ônibus que vão sair para São Paulo, vão dirigentes sindicais e também militantes do movimento popular”, ressaltou Cyro Garcia.

 

Além disso, o objetivo do ato é a preparação para uma paralisação nacional dos trabalhadores em protesto contra a revisão das regras para aposentadoria. O temor do dirigente da CSP-Conlutas é que se repita um episódio ocorrido durante o governo Temer.

 

“É imperioso que saia dessa assembleia um calendário rumo a uma greve geral contra a reforma da Previdência, mas que nós não caiamos novamente, como alguns setores caíram, principalmente as centrais sindicais majoritárias, a CUT, a CTB e outras, de tentar negociar com esse governo, como aconteceu em 2017 quando fizemos uma grande greve em abril e depois puxaram o tapete da greve de junho contra a reforma trabalhista, facilitando a aprovação dela”, alertou.

 

O ex-candidato avisou que o texto proposto pelo governo pode representar a falência da Previdência pública, afetando as classes mais vulneráveis do país.

 

“Essa proposta significa na prática o fim da aposentadoria. O trabalhador humilde, de carteira assinada, o motorista, o operário da construção civil, da indústria, esses setores não têm como chegar até os 65 anos trabalhando para poder se aposentar. É uma maldade com o trabalhador rural, uma perversidade que não tem nem tamanho. Aquelas pessoas que tiverem condição, vão utilizar parte dos seus recursos para fazer uma aposentadoria privada do sistema financeiro, por isso que o setor financeiro está ávido por essa reforma, vai haver uma migração enorme de pessoas que vão deixar o sistema oficial para ir ao sistema de capitalização”, lembrou.

 

Ouça na íntegra a entrevista de Cyro Garcia:

 

 

Entrevista em 19.02.2019

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