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Senadora: “Monopólio pode ser de outro país, não do povo brasileiro”

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O desmonte do Estado nacional evidenciado pelas privatizações aceleradas das estatais no governo de Jair Bolsonaro chama a atenção da sociedade civil e vem provocando reações, ainda que tímidas, no Congresso Nacional.

 

A mais recente delas foi a criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, que conjuga deputados federais e senadores de partidos que fazem oposição em Brasília, na tentativa de impedir os planos do Governo Federal em vender ativos de empresas como Petrobras, Eletrobras e Correios.

 

A presidente da Frente, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), destacou que as medidas da cúpula do Palácio do Planalto ameaçam a liberdade da população em definir os rumos do país, entregando esta premissa a investidores estrangeiros.

 

“A criação dessa Frente se deu porque o sinal vermelho acendeu. Há um alerta grande com a venda da nossa energia, dos nossos produtos naturais, e o que chama atenção é que isso não pode ser monopólio do povo brasileiro, mas pode ser de outro país. A Frente foi criada para dar visibilidade a todos os brasileiros e brasileiras que estão vendendo um patrimônio que é do povo, não de presidente tal ou Congresso tal”, comentou.

 

Como exemplo de irresponsabilidade do governo central, a parlamentar lembrou a venda da empresa estatal de aviação, a Embraer, que teve a negociação com os norte-americanos da Boeing alinhada ainda durante a gestão de Michel Temer, sendo concretizada recentemente pelo ex-capitão do Exército.

 

“Cito a Embraer porque foi uma venda das nossas tecnologias, ou seja, a Boeing comprou para ficar com a tecnologia de jatos cargueiros que são mais velozes e consomem menos, e, junto com essa venda, vão segredos industriais que, no mundo todo, se forem entregues é crime”, alertou a senadora.

 

Já a Petrobras, com seu avançado processo de vendas de empresas subsidiárias, como a TAG e a BR Distribuidora, além do óleo descoberto na camada do pré-sal e de milhares de quilômetros de gasodutos que levem gás natural às regiões mais afastadas do Norte e Nordeste, tem seu futuro ameaçado.

 

“O fato de se dizer que houve corrupção na Petrobras não justifica a venda do nosso petróleo. Junto com o pré-sal vai a tecnologia que os brasileiros passaram 40 anos para desenvolver de exploração em águas profundas. Quem tem o comando das hidrelétricas norte-americanas são as Forças Armadas, e o governo brasileiro está querendo dar o direito a outro país de apagar e acender a nossa luz”, lamentou Zenaide.

 

Ouça a entrevista de Zenaide Maia:

 

 

Entrevista em 09.09.2019

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