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Siqueira prefere esperar decisão do pleno do STF sobre venda da TAG

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A notícia da suspensão da venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da Petrobras, após liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin animou os que defendem a manutenção da empresa sob controle estatal.

 

Contudo, o vice-presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) Fernando Siqueira avaliou que é melhor aguardar um parecer do plenário da Corte sobre a proibição da negociação da distribuidora.

 

“O Supremo Tribunal Federal é meio imprevisível. A decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) já foi meio esdrúxula, contrariou uma decisão de um órgão superior, o STF. O ministro Lewandowski já havia dado uma liminar correta, não tem sentido você sair vendendo aquilo sem concorrência. Calculamos um prejuízo de R$ 200 bilhões à Petrobras com a venda dos ativos que o [Pedro] Parente fez”, disse, em referência ao ex-presidente da companhia durante o governo de Michel Temer.

 

Na sua decisão, Fachin ressalta a exigência de licitação para a venda da subsidiária, ratificando a análise de Lewandowski. O grupo francês Engie havia acertado a compra de 90% dos ativos da empresa por US$ 8,6 bilhões, cerca de R$ 33 bilhões.

 

“É preciso ouvir o Congresso Nacional para isso e os caras saíram vendendo. A TAG é uma rede de gasodutos que dá um retorno bastante grande, de R$ 7 bilhões de reais no ano passado, venderam por um preço irrisório e a Petrobras vai alugar a rede e pagar durante 30 anos um valor altíssimo desse aluguel porque há uma cláusula que diz que usando ou não a sua capacidade máxima, você sempre paga por ela. Quando a Petrobras paga à TAG, uma empresa dela, não tem problema, está tudo em casa, agora quando paga a uma empresa estrangeira é dilapidação do patrimônio nacional”, lembrou o dirigente.

 

A nova diretoria da estatal argumenta que a venda da distribuidora faz parte do projeto de desinvestimento, que visa diminuir os prejuízos da Petrobras nos últimos anos. Fernando Siqueira discorda da análise

 

“A Petrobras saiu de uma dívida R$ 115 bilhões para R$ 69 bilhões, 75% disso foi com geração operacional de caixa das empresas e 25% foram abatidos com a venda de ativos. Se vendeu US$ 18 bilhões de ativos que geram caixa, como os campos de Lapa e Iara. Se não tivessem vendido ativos, haveria o mesmo abatimento da dívida. Estamos fazendo esses cálculos e vai dar mais ou menos a mesma coisa porque os campos de Lapa e Iara são poços produtores de 40, 50 mil barris por dia, então estaria gerando caixa para a Petrobras”, ressaltou.

 

Ouça a entrevista de Fernando Siqueira:

 

 

Entrevista em 29.05.2019

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