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Teixeira condena pacote do governo que apresenta servidor como ‘vilão’

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O pacote de medidas econômicas entregue pelo Governo Federal ao Congresso na última terça-feira (05), na tentativa de amenizar os efeitos da crise, deixou as entidades de representação do funcionalismo público no país preocupadas, visto que algumas das propostas afetam diretamente os servidores.

 

O presidente da Delegacia Sindical do Rio de Janeiro do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco-RJ) Alexandre Teixeira considerou que a gestão de Jair Bolsonaro elegeu o serviço público como principal culpado pelos problemas da economia.

 

“É mais uma bomba, nem conseguimos nos recuperar da reforma da Previdência e essa parece que aprofunda ainda mais o ataque aos trabalhadores de maneira geral, aos servidores públicos, em particular, e ao Estado principalmente porque, no fundo, o que se quer com essa proposta é acabar com o Estado brasileiro, como se o gasto com servidor público fosse o grande vilão da crise do país”, avaliou.

 

Dentre as Propostas de Emenda Constitucional sugeridas pelo governo estão aquelas que alteram o pacto federativo, estabelecem o estado de emergência fiscal, permitindo a antecipação de gatilhos para cortar o endividamento de estados e municípios, reduzindo a jornada e a folha salarial do funcionalismo, e a extinção de fundos públicos.

 

Há quem diga que a apresentação das medidas por Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia, serve para tentar acalmar o conturbado ambiente político criado nas últimas semanas com o suposto envolvimento da família do presidente no assassinato da vereadora Marielle Franco e a falta de ação do Palácio do Planalto para conter o vazamento de óleo que polui as praias do Nordeste.

 

Especialistas sustentam a tese de que boa parte das novas regras é inconstitucional e seriam barradas no Legislativo e no Judiciário. Além disso, há a avaliação de que os presidentes da Câmara e do Senado reagiram com ceticismo ao pacote proposto pelo político do PSL.

 

“Depois da aprovação da reforma da Previdência, não duvido de mais nada. É claro que pode ter uma questão de oportunidade política, fazer uma cortina de fumaça, mas, se for isso, precisaremos ter uma medida bombástica dessa por semana porque a cada semana temos um escândalo, uma coisa absurda que estamos naturalizando no Brasil. Acho que isso não se sustenta, esse é mesmo o ideário do Paulo Guedes, do neoliberalismo sem freio, acabar com o Estado”, avaliou o presidente do Sindifisco-RJ.

 

Ouça a entrevista de Alexandre Teixeira na íntegra:

 

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