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Não é novidade que o Brasil passa por um processo acelerado de envelhecimento da sua população, e isso ficou novamente evidenciado pelos dados das Projeções de População 2024, divulgados pelo IBGE na última semana. A partir do ano de 2042, o número de habitantes do país vai começar a encolher por conta do envelhecimento citado combinado ao baixo índice de fecundidade. Pelas projeções do instituto, em 2070, ou seja, daqui a 46 anos, o número de brasileiros com mais de 60 anos de idade corresponderá a 40% do total da população.
A idade mais avançada, por óbvio, vem acompanhada pelo aumento de doenças crônico-degenerativas, que exigem tratamentos custosos, e também da necessidade de garantia de aposentadoria para essas pessoas, o que acende o sinal de alerta em um país da periferia do capitalismo como o Brasil, considerando o desmonte da Previdência, a precarização das relações de trabalho, bem como o desfinanciamento da saúde pública nos últimos tempos. E o que mais assusta é a perspectiva de novos ataques ao direito à aposentadoria e a redução de recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS), algo debatido já na atual gestão do presidente Lula.
Ou seja, temos pela frente o que pode se chamar de a tempestade perfeita. Estaria em curso no Brasil um processo que tem por objetivo exterminar a população pobre, que terá acesso cada vez mais restrito à Previdência e à saúde? Há a garantia de dignidade às pessoas da base da pirâmide que dependerão cada vez mais do Estado em um cenário como esse?
Para responder a essas perguntas, o Faixa Livre convidou o economista, membro da coordenação da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia do Rio de Janeiro (Abed-RJ) e assessor da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip) Adhemar Mineiro, a professora titular aposentada da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ivanete Boschetti e o cientista político e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Milton Pinheiro.
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