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A relação entre a política e o golpismo no Brasil vem de longa data, remete ao início do Século XIX, logo após a dita Independência, em 1823, quando o próprio Imperador Dom Pedro I atentou contra a primeira Assembleia Geral Constituinte, na chamada ‘Noite da Agonia’. De lá para cá, os episódios foram se acumulando e a institucionalidade tem tido dificuldades de criar mecanismos para enfrentar rupturas democráticas. Temos sido bombardeados de informações nos últimos dias revelando que, por muito pouco, não passamos por uma nova intentona liderada por militares em 2022, após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas.
Esse golpismo reflete não apenas uma crise de legitimidade nas instituições, mas também a fragilidade de certos princípios republicanos no país, exacerbada pela retórica populista, pela polarização ideológica e questionamentos em relação à confiabilidade das urnas eletrônicas, elementos que tiveram destaque durante a gestão anterior. A situação revela a interseção entre movimentos políticos extremistas, desinformação e uma frágil confiança nas instituições, como o Judiciário, que passaram a ser vistas por uma parte da população como inimigos da democracia. Em meio a todo esse caldo, a política tenta se sustentar e reagir aos ataques que surgem
Para tentar entender como a classe política tem lidado com o golpismo no nosso país, o Faixa Livre convidou o cientista político e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) Milton Pinheiro, o historiador e professor aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) Valério Arcary e o deputado federal (PSOL-RJ) Henrique Vieira.
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