O mundo se apresenta cada dia mais fragmentado, injusto, desigual. Não são poucas as experiências que apontam para um futuro incerto a respeito da própria existência humana no planeta diante das mudanças climáticas produzidas pela emissão de gases do efeito estufa, da enorme e crescente concentração de renda, da intolerância dos discursos de ódio vociferados pela extrema-direita que ganhou espaço na política, das disputas por hegemonia em confrontos armados e geopolíticos.

É neste ambiente de conflitos e indefinições que o Rio de Janeiro realiza, nos próximos dias 18 e 19 de novembro, a reunião de cúpula do G20, grupo das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. Em 2024, o Brasil comanda o grupo que responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.

O objetivo do país é promover três bandeiras centrais: o combate à fome, pobreza e desigualdade; o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global, com propostas sólidas apresentadas durante algumas reuniões temáticas que aconteceram ao longo de 2024. No entanto, há quem duvide da efetividade dessas propostas, até mesmo da aprovação delas considerando as divergências que existem no G20 e o verdadeiro caráter desse grupo em uma lógica majoritária que defende o aprofundamento do capitalismo rentista.

Para analisar os rumos que deve tomar a cúpula e a capacidade de produção de soluções pelos países que compõem o grupo, o Faixa Livre convidou a economista e professora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Maria Antonieta Lins, o professor de Geopolítica do Centro de Estudos Avançados da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CEA/UFRRJ) Pablo Ibanez e o professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pesquisador do BRICS Policy Center Sérgio Veloso.

Assista ao debate: