A violência de classes se materializa de muitas formas no Brasil, mas uma das mais visíveis e que provoca maior revolta é aquela promovida pelo Estado através da atuação das forças de segurança. Algo que virou rotina no Rio de Janeiro se reproduziu nos últimos dias em São Paulo, onde 16 pessoas morreram em uma operação policial na cidade costeira de Guarujá, e na Bahia o cenário foi ainda pior. Entre os dias 28 de julho e 4 de agosto, os policiais fizeram 31 vítimas fatais. Na capital do Rio, no Complexo da Penha, foram 11 as pessoas mortas pela PM do governador Claudio Castro. O cenário é grave e pouco ou nada se faz para reverter esse avanço da violência patrocinada pelas forças de segurança do Estado.

Para tentar entender os motivos para a reprodução dessa dinâmica de barbárie e buscar alternativas para este processo, o Faixa Livre convidou a antropóloga e pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) Paula Napolião, a professora de comunicação do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), repórter especial do RioOnWatch, editora do jornal Fala Roça e mestre em Mídia e Cotidiano pela Universidade Federal Fluminense (UFF) Tatiana Lima e o secretário-geral da Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj) Fillipe dos Anjos.

Assista ao debate: