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Editorial – 13.07.2021

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Nos últimos dias, nós temos acompanhado o avanço de manifestações em Cuba contra o regime da ilha, em especial no final de semana que passou, algo que a mídia dominante tem explorado de maneira massiva. Por conta disso, eu quero fazer a leitura de um artigo do professor Gilberto Maringoni, nosso comentarista aqui do Faixa Livre, onde ele explica as motivações para esses atos. Diz o Maringoni:

 

Uma série de protestos se espalhou por algumas cidades cubanas neste final de semana. A situação da Ilha piorou muito nos últimos meses, com a paralisação do turismo e avanço do coronavírus. A insatisfação cresceu, com falta de alimentos e escassez energética. Mas manifestações concomitantes em várias cidades, sem reivindicação definida, levantam suspeitas de intervenção norteamericana.

 

O país é desafiado pela confluência de três abalos sérios. São eles a retração de quase 30% do fornecimento de petróleo em condições vantajosas por parte da Venezuela desde 2015, do cerco econômico imposto por Donald Trump – e continuado por Biden – e por mais de um ano de pandemia, que desestruturou o turismo.

 

A situação só encontra paralelo no “período especial”, logo após o desmonte do socialismo do Leste Europeu. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina, o PIB encolheu 8,5% em 2020. Para o Banco Mundial, a retração foi maior, 11%.

 

A restrição no fornecimento de petróleo acarreta a redução da geração de energia num país movido a termelétricas, e implica limitações no funcionamento da economia. Num efeito cascata, a oferta de alimentos e gêneros de primeira necessidade fica comprometida.

 

O cerco estadunidense, por sua vez, foi endurecido em junho de 2017, no início do governo Trump. O republicano regrediu várias casas na política de aproximação empreendida por Barack Obama a partir de fevereiro de 2014. No fim do mandato, Trump anunciou 191 novas medidas restritivas.

 

Um dos efeitos mais evidentes da retaliação de Washington é a desvalorização da moeda nacional e a aceleração da inflação. Um país escassamente industrializado e dependente da entrada de divisas não tem muitas margens de manobra”.

 

Bom, fica mais do que claro que essa política criminosa de embargo estadunidense a Cuba, que já dura mais de seis décadas, amplia seus efeitos com a pandemia e a escassez de recursos dada a paralisação das atividades econômicas, em especial o turismo. Mais do que nunca, é preciso defender de maneira irrestrita a soberania cubana e pôr fim ao embargo criminoso, que faz com que os habitantes da ilha se vejam em situação de penúria.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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