Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Editorial – 16.06.2021

Compartilhe:
editorial_1170x530

Os senadores que compõem a CPI da Pandemia começaram a ouvir ontem (15) os personagens envolvidos no combate à Covid-19 nos estados, e o primeiro a prestar depoimento foi o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo. E o que se constatou durante a oitiva foram contradições nas declarações dele em comparação ao que disse o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, especialmente em relação à crise de oxigênio em Manaus, no início do ano.

 

Na principal delas, o ex-secretário informou que entrou em contato com Pazuello para comunicar a falta de oxigênio no estado no dia 7 de janeiro, três dias antes do que o ex-ministro disse em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito. Campelo também garantiu que não tomou conhecimento da reunião entre o Ministério e a administração estadual que descartou uma intervenção federal na área de saúde do Amazonas.

 

As mentiras dos bolsonaristas durante a CPI evidenciam a clara intenção de proteger o presidente da República diante de tamanhas omissões no combate à Covid-19. É neste sentido que a oposição precisa pressionar o Congresso, para que um pedido de impeachment contra o ex-capitão seja acolhido pelo presidente da Câmara Arthur Lira.

 

Já nas articulações para 2022, presidentes de alguns partidos de direita, que a mídia dominante insiste em chamar de centro, se reunirão hoje para discutir uma “terceira via” para a polarização Lula x Bolsonaro. Estarão no encontro os líderes de MDB, PSDB, DEM, Cidadania, Novo, Podemos, PV e Solidariedade, de acordo com informações apuradas pelo jornalista Valdo Cruz, do grupo Globo. O presidente do PSL, antigo partido do chefe do Executivo, Luciano Bivar também participa das negociações, mas não estará no encontro.

 

O objetivo é lançar, no máximo, duas candidaturas para concorrerem ao Palácio do Planalto no ano que vem. A grande questão é que essa direita não consegue mais vender sua pauta para a população brasileira, não há viabilidade eleitoral, e por isso ela precisa se agregar com o chamado liberalismo de esquerda ou com os ultrarradicais do bolsonarismo para terem sucesso nas urnas. E não tenham dúvidas de que em 2022 não será diferente. Esse pessoal já demonstrou que não tem o menor constrangimento em se aliar a quem quer que seja, ainda que o custo seja a ameaça à nossa democracia.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

Deixe seu comentário:

Apoie o Faixa Livre:

Apoie o Faixa Livre:

Baixe nosso App

Baixe nosso App

Programas anteriores