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Editorial – 17.05.2021

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A situação na Faixa de Gaza tem piorado de maneira gravíssima no conflito entre israelenses e palestinos. No último sábado (15), ataques aéreos promovidos pelo Exército de Benjamin Netanyahu provocaram a morte de 10 membros de uma mesma família e a destruição de um edifício de 13 andares onde estavam os escritórios do canal Al Jazeera e da agência de notícias Associated Press.

 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Antonio Guterres disse, através de um porta-voz, estar “consternado” com as mortes de civis em Gaza e “profundamente perturbado” pelo ataque israelense na região.

 

Os ataques aéreos e de artilharia israelenses em Gaza mataram 145 pessoas desde segunda-feira (10), incluindo 41 crianças, e feriram outras 1.100, de acordo com autoridades de saúde palestinas, neste que é o pior episódio de violência na região desde 2014. A pergunta que fica diante desse novo massacre de palestinos pelo governo de Israel é por que a mídia dominante não denuncia esse regime que promove há décadas um banho de sangue no Oriente Médio da mesma maneira que ataca a gestão de Nicolás Maduro na Venezuela? É uma vergonha.

 

Eu quero falar também a respeito da morte do prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), ontem (16) aos 41 anos, que há dois lutava contra um câncer no sistema digestivo que teve metástase nos ossos e no fígado. Covas estava internado desde o dia 2 de maio no Hospital Sírio-Libanês, quando se licenciou do cargo.

 

Na última sexta-feira (14), ele teve uma piora no quadro de saúde e a equipe médica informou que a situação havia se tornado irreversível. Políticos dos mais diversos matizes ideológicos lamentaram a morte precoce do neto de Mário Covas e homenagearam o prefeito de São Paulo. O corpo de Bruno Covas foi velado na sede da Prefeitura, na região central da capital paulista, e sepultado no cemitério do Paquetá, em Santos. Ele deixa um filho de 15 anos. Quem assume o cargo é o vice Ricardo Nunes (MDB).

 

Toda morte tem de ser lamentada, independente de orientação política. O abismo ideológico que nos separa de Bruno Covas não pode reduzir a nossa solidariedade aos amigos e familiares do prefeito. Eu vou encerrar esse editorial com as palavras do professor Carlos Eduardo Martins, da UFRJ, publicadas em uma rede social a respeito desse triste episódio. Diz ele:

 

O câncer não resolve problemas da luta de classes. Atinge a qualquer um, de esquerda, de centro ou de direita. Temos que promover uma sociedade voltada para a saúde pública para enfrentá-lo e superá-lo. Não comemoro a morte de quase ninguém, salvo de fascistas incorrigíveis e belicosos, por legitima defesa do que deve ser a vida. E mesmo assim, não custa lembrar, como Arnaldo Antunes, que todo mundo um dia já foi neném e, com Freud, que o passado nunca desaparece completamente. Endurecer, sem perder a ternura, dizia Che”.

 

Ouça o comentário de Anderson Gomes:

 

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